Programa estadual cadastra 200 artesãos em Macaé

15/06/2018 16:34:00 - Jornalista: Marilene Carvalho

Foto: Guga Malheiros

Evento contou com a participação da coordenadora do Programa de Artesanato do Estado, Nea Mariozz

Cerca de 200 artesãos compareceram ao Teatro Municipal de Macaé, nesta sexta-feira (15), para se cadastrar no Programa de Artesanato do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura. A partir deste primeiro passo, eles serão reconhecidos como profissionais, recebendo a carteira nacional do artesão e, em breve, poderão desfrutar dos benefícios acessíveis à categoria.

Os artesãos cadastrados vão participar futuramente do circuito de artesanato municipal, que consiste em eventos itinerantes programados pela Cultura. O cadastramento ocorreu das 9h às 16h, com atendimento aos artesãos por ordem de chegada.

O programa tem o objetivo de reconhecer a atividade como geradora de emprego e renda, além de propiciar um registro vivo da história e da cultura local. Acima de tudo, coloca em prática ações que visam o empreendimento para os profissionais cadastrados. A subsecretária adjunta da secretaria de estado de Turismo e coordenadora do Programa de Artesanato, Nea Mariozz, participou do cadastramento palestrando sobre assuntos pertinentes ao setor. “Avaliamos que o mais importante nesse momento é fazer com que o artesão se sinta um empreendedor”.

O secretário de Cultura de Macaé, Thales Coutinho, ressaltou que “a busca pela parceria com o Estado representa uma aproximação mais estreita dos artesãos com o poder público, atendendo à demanda da própria categoria”.

Comprovando que filha de peixe é peixinha, Flávia Pinheiro, de Glicério, aguardou sua vez de se cadastrar ao lado da mãe e parceira, Cátia Maria Hércules, professora de artesanato há 30 anos, inscrita anteriormente no programa. As duas têm produção familiar e unem semelhantes habilidades pessoais. A partir de materiais recicláveis (PET e pneus) confeccionam banquinhos decorados. E com feltro e tecidos fazem criativas e variadas peças.

“Quem trabalha com artesanato não fica rico, mas tem sempre um dinheirinho para as necessidades. Além disso, não precisamos gastar dinheiro com remédios. Mantemos a saúde quando trabalhamos com as mãos”, afirma Cátia Hércules, no auge de uma vida dedicada ao artesanato.

Para a maioria dos que se cadastraram, o principal interesse de se inscrever no programa é conseguir espaço de venda em feiras. Alguns, como Evelin Leite, especializada em costura criativa também queriam tirar dúvidas sobre divulgação e outros benefícios. Por unanimidade, todos se mostraram orgulhosos com a possibilidade de ser vistos como profissionais, e ansiavam pela hora de estar com a carteira nacional do artesão nas mãos. A previsão é que de dois a três meses, no máximo, o documento seja entregue aos macaenses.

O cadastramento se divide em três etapas e visa identificar o perfil do artesão e diagnosticar suas características e necessidades. Primeiramente é feito o levantamento dos dados pessoais e dos aspectos econômicos. Em seguida vem a avaliação do produto (matéria-prima e técnica) e, por último, o registro fotográfico das peças. A Carteira Nacional do Artesão dá o direito de participar em feiras do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), capacitação/qualificação, divulgação, microcréditos e comercialização.


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