Alunos realizam I Seminário Afro-Brasileiro da FeMASS
Foto: Divulgação
Evento foi realizado na noite de quinta
No mês da consciência negra, alunos da disciplina Fundamentos da Filosofia realizaram o I Seminário Afro-Brasileiro da Faculdade Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), na noite desta quinta-feira (22), levando o público à conscientização da condição social dos negros e a cultura afro-brasileira. O evento foi organizado junto com o professor Ricardo Valadão, doutor em Educação.
O Auditório Claudio Ulpiano, no Bloco A, sede da FeMASS, na Cidade Universitária, virou uma sala de cinema com exibição de curta-metragem sobre a questão racial, discriminação e preconceitos vividos na pele ainda hoje na realidade dos negros seguida de debates sobre a condição dos afrodescendentes no Brasil, especialmente, em Macaé, e as suas lutas. Eles falaram ao público mostrando as músicas, danças, comidas típicas, desfile e estética afro também com ensaio fotográfico espalhado pelo campus como atos políticos em busca da igualdade racial.
Assim os alunos e professor promoveram reflexões sobre a história, cultura e a condição dos negros ainda hoje. O seminário contou com apoio da diretora da faculdade, Cláudia Leite, e de professores, bem como da coordenação pedagógica. Segundo Ricardo Valadão, a ideia de realizar o seminário surgiu pela necessidade de abordar as questões humanas e sociais do contexto social dos negros, mobilizando a faculdade e a sociedade para a temática.
- É relevante e necessário promover reflexões, diálogos, conhecimentos e valorização dos afrodescendentes, sua cultura e história, no espaço acadêmico e social, pois dessa forma poderemos combater e eliminar preconceitos, discriminações e as exclusões que afetam esses sujeitos sociais e sua cultura -, destacou o professor.
No Brasil, todo ano, o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, em referência à data da morte de Zumbi dos Palmares, envolve mais pessoas nas políticas e ações de combate à desigualdade racial, mas o debate é sempre muito atual e amplo. Zumbi nasceu em Alagoas, em 1655, foi o principal representante da resistência negra à escravidão, na época do Brasil Colonial, e líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos dos engenhos, índios e brancos pobres expulsos das fazendas. Acabou traído, entregue á tropa bandeirante e degolado, aos 40 anos de idade, em 20 de novembro de 1695.