Agricultura e Colônia de Pescadores orientam consumidores

23/03/2005 18:57:13 - Jornalista:

Mais uma Semana Santa. A tradição religiosa, que proíbe aos seus fiéis a ingestão de carne vermelha, é a maior responsável pelo grande consumo de pescado. Em Macaé a procura é de tal ordem que, apesar da chegada simultânea ao cais de grande número de barcos, a oferta quase se torna insuficiente para atender a todos os compradores, que geralmente deixam para comprar o peixe na última hora.

Administrado pela Secretaria Municipal de Agricultura Abastecimento e Pesca (SEMAGA) em parceria com a Colônia de Pescadores, o Mercado Municipal de Peixes de Macaé está preparado para mais um período de grande movimento. É o fiscal da Colônia no Mercado, Roberto Silva, pescador conhecido como Juruna, quem dá dicas às donas- de-casa quanto à chegada do produto. “De modo geral, donos e compradores de restaurantes, supermercados e quiosqueiros encomendam grandes quantidades do produto com certa antecedência ou chegam ao mercado de madrugada, garantindo boa posição na fila”, explica.

Juruna acredita que o quilo de peixes nobres oscilará entre R$10 e R$25. “É o caso dos tão apreciados badejo, cavala, cherne, dourado, anchova, garoupa, linguado, namorado, pitangola. Já o robalo, a pescada cambuçu, o filé de cação deverão estar entre R$10 e R$15” , informou ele. Os peixes menos nobres, diz Roberto, devem chegar a R$5 o quilo. “Nessa categoria se encontram albacora, atum, bagre, corvina, xerelete, pargo, entre outros”, enumerou.

Segundo o pescador, no atacado foram comercializados só nesta quarta-feira 20 toneladas de güete, ao preço de R$ 2,80 o quilo, e chegou a descer para R$ 2. Do pargo, também no atacado, foram vendidas cinco toneladas variando de R$ 2 a R$ 8 dependendo do tamanho do peixe. “O cação, hoje também no atacado, chegou a R$ 6 o quilo. A mistura chegou a R$ 1 e vendemos 10 toneladas. Até peixe de água doce, como tambaqui, tilápia, e carpa foram comercializados hoje”. O fiscal lembrou que o consumidor não deve comprar camarão, que está no período de defeso, que vai ate 31 de maio.