Aleitamento materno é debatido com alunos na Cidade Universitária

05/04/2018 17:02:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

Foto: Divulgação

Aula interativa contou com participação de alunos de Medicina, Nutrição, Enfermagem e Obstetrícia

Amamentar não é tarefa fácil, requer treino, aprendizado, paciência, auxílio profissional e deve ser um momento prazeroso. Isso foi o que aprenderam alunos da turma do 3º período do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na aula interativa sobre aleitamento materno ministrada, na nesta quinta-feira (5), na Cidade Universitária. Também participaram alunos dos cursos de Nutrição, Enfermagem e Obstetrícia e ouviram a fisioterapeuta Letícia Pimentel sobre os fatores que interferem na amamentação desde a hora que a criança nasce até os 1000 dias do seu nascimento.

Em seguida, alunas deram o seu relato sobre a experiência do aleitamento. A aula interativa faz parte do projeto de extensão “Vivências e apoio aos primeiros 1000 dias de vida”, do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem/UFRJ), coordenado pelas professoras Taís Fontoura e Helene Nara.

- Eu tinha pensado no momento do meu parto como algo muito especial (e foi), mas queria música, esperar com tranquilidade, essas coisas que passam na cabeça da gente gestando um filho. Mas na hora de amamentar, ele sugava parecendo que puxava a minha alma. Não imaginava que era assim. Ele está com 11 meses e até hoje mama e adora. Apesar do cansaço, claro, amo o meu filho e sei da importância do aleitamento na vida dele - contou Geisiane Souza Santos de Jesus, aluna de Enfermagem.

A experiência de amamentar também é compartilhada por Hilana Couto Ferreira.

- O bebê não nasce sabendo sugar o peito. Ele vai aprendendo. Nós também não sabemos amamentar na primeira mamada. Ele chorava muito, eu não sabia o que fazer. O peito fere, dói, mas é uma fase que passa rápido. A minha durou um mês - revelou.

A palestrante Letícia Pimentel é também educadora perinatal, doula e consultora em aleitamento materno. Ela falou ainda dos mitos e verdades, dos tratamentos para os casos de fissuras e processo inflamatório nas mamas por conta da amamentação, a adequada pega da mama pelo bebê, o manejo para a descida do leite até a importância de o bebê ser colocado em posição vertical, e assim ficar de 15 a 20 minutos, ao fim de cada mamada.

Ela tirou dúvidas como “a alimentação da mãe interfere no leite”? Sim, respondeu. “Nós somos o que comemos”, lembrou. Outro esclarecimento foi sobre se a amamentação acelera a perda de peso da mãe. A resposta também é sim “porque ajuda a queimar entre 600 e 700 calorias por dia, mas depende do que a mãe come e da quantidade que come diariamente”, explicou.