Foto: Maurício Porão
Procedimento foi realizado por meio da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante
O Hospital Público Municipal de Macaé (HPM) realizou, no último final de semana, mais uma captação de órgãos. O procedimento foi realizado, por meio da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), em parceria com o Programa Estadual de Transplante. Esse foi o 15° procedimento feito na instituição.
O doador foi Alberto da Rocha, de 58 anos, que doou os rins, fígado e córneas. Segundo informações dos familiares, a doação de órgãos foi um desejo que já havia sido comentado entre eles.
A psicóloga voluntária da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, Maria do Carmo Maletesta, informa que o procedimento de captação de órgãos demora e precisa ser feito por várias equipes especializadas.
- Entramos em contato com a Organização de Procura de Órgãos de Itaperuna que nos ajuda com o procedimento. Mas isso só é feito quando os médicos atestam realmente a morte cerebral e após autorização da família - explica.
Ela acrescenta que o trabalho da comissão é feito, há oito anos, que o hospital possui mais de 80 leitos, e é obrigatório ter a CIHDOTT. A psicóloga diz ainda que a comissão é formada também por assistente social e médicos.
- Infelizmente, muitas pessoas não estão informadas sobre o assunto e não sabem da vontade do familiar de ser um doador. Caso a pessoa queira doar seus órgãos, deve conversar sempre com os familiares sobre o assunto - enfatiza. A psicóloga voluntária diz ainda que todo doador recebe uma carta de agradecimento, principalmente pelo gesto de em um momento de dor ainda pensar no próximo.
A outra voluntária da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, Denise Neto, ressalta que o assunto deveria ser mais abordado nas escolas, empresas e principalmente no ambiente familiar.
- Muitas pessoas não sabem sobre o assunto e, por isso, a fila de espera para transplantes é tão grande. Cada minuto perdido, significa não salvar a vida de uma outra pessoa. Não vamos esperar isso acontecer com um de nossos familiares para pensar sobre o assunto, ressalta.
Esta foi a segunda captação de órgãos deste ano de 2016. No dia 20 de janeiro, o jovem José Henrique Barreto do Nascimento, de 20 anos, doou os rins e o fígado.
O diretor-superintendente do HPM, o médico Márcio Soares Bittencourt, diz que é importante a doação de órgãos. "Quero agradecer pelo gesto nobre dessa família em ajudar a salvar outras vidas. Nós queremos incentivar cada vez mais esse ato, mas para que isso aconteça depende da aprovação da família", conclui.