Mercado de Peixe se prepara para Semana Santa

07/04/2017 10:57:00 - Jornalista: Julie Silveira

Foto: Ana Chaffin

A Vigilância Sanitária esteve no Mercado de Peixes para orientar os comerciantes

A Semana Santa se aproxima e a expectativa é um aumento de até 300% no consumo do pescado, que é considerado o principal alimento nas mesas das famílias brasileiras nesse período do ano. Para melhor receber a população no Mercado de Peixes, localizado no Centro, a Secretaria Adjunta de Pesca e Agricultura realizou um plano de ações envolvendo diversas secretarias.

O secretário adjunto de Pesca e Agricultura, Clóvis de Queiroz Lima, informou o horário do funcionamento do Mercado de Peixes durante a semana Santa. De quarta (12) até sexta-feira (14), o mercado ficará aberto de 7h às 18h. Sábado (15), de 7h às 15h e domingo (16), de 7h às 13h. "O Mercado é um dos locais mais procurados nesse período, por isso, nós buscamos proporcionar mais flexibilidade, segurança e qualidade do pescado", destacou.

Comerciante há 26 anos, Fabiano Ribeiro vende cerca de 1,5 mil kg de pescado por semana. Para o feriado religioso, ele espera que esse número cresça em 300%, como nos últimos anos. "As espécies mais procuradas são dourado, anchova e corvina. Mantenho a preocupação com a higiene e qualidade de todo pescado. O objetivo é garantir produtos em ótimas condições aos meus clientes, pois é isso que garante a confiança dos 26 anos de profissão no Mercado de Peixes", pontuou.

A ação conta com a participação da Secretaria Adjunta de Serviços Públicos, Secretaria de Ordem Pública, Secretaria de Mobilidade Urbana, Secretaria Adjunta de posturas e Coordenadoria Especial de Vigilância Sanitária (Covisa).

Covisa alerta sobre compras da Semana Santa

Nesta semana, a Coordenadoria Especial de Vigilância Sanitária (Covisa) esteve no Mercado de Peixes para orientar os comerciantes sobre as condições de higiene, conservação e qualidade dos produtos.

Os fiscais alertaram os consumidores para redobrarem os cuidados na hora de comprar peixe e frutos do mar, como prazo de validade e armazenamento, embalagens que não devem estar amassadas, estufadas, abertas ou com qualquer alteração.

O responsável pelo Setor de Alimentos da Covisa, Croif Monteiro, pontua que alimentos como pescados sempre remetem à ideia de saúde e, para garantir que estejam adequados para serem consumidos sem causar danos à saúde, é necessário ficar atento às dicas da Covisa.

Confira as orientações

BACALHAU – Todo produto salgado deve ser armazenado em local seco e arejado. A ressalga das peças é proibida, pois mascara os primeiros sinais de deterioração do produto e aumenta seu peso. Não compre bacalhau que tenha manchas rosadas ou vermelhas na superfície das peças, o que indica contaminação por bactérias que se desenvolvem em produtos com alta concentração de sal. Rejeite também produtos com a presença de insetos, larvas, fungos ou bolores (pequenos pontos pretos).

FRUTOS DO MAR EM GERAL – Os frutos do mar devem ser comercializados preferencialmente inteiros, para serem limpos e filetados na presença do consumidor. O pescado filetado ou em postas deve ser exposto à venda em balcão refrigerado, abastecido com gelo de água potável, em quantidade suficiente para manter a temperatura em torno de 0º C. Somente adquira frutos do mar congelados quando devidamente embalados e rotulados, com dados do fabricante, número de registro, data de fabricação e validade. Após a compra, transporte-o rapidamente e acondicione-o sob refrigeração até o preparo. Não se deve colocar o pescado sobre folhas (verduras), para decoração, pois há risco de contaminação para os alimentos.

PEIXES – A carne deve estar firme e resistente à pressão dos dedos; com escamas brilhantes e bem aderidas à pele; olhos ocupando totalmente as órbitas; guelras úmidas e intactas (nunca esverdeadas); ventre cilíndrico, sem inchaço ou flacidez.

CRUSTÁCEOS – Camarões, siris e caranguejos devem ter cheiro próprio e agradável, carapaça aderida ao corpo. Camarões devem ser comercializados com cabeça e descascados somente na presença do consumidor, salvo no caso de terem sido embalados por uma indústria.

MOLUSCOS – As ostras e os mariscos devem apresentar a concha fechada e retenção de água limpa em seu interior e serem consumidos preferencialmente cozidos. Lulas e polvos devem apresentar coloração arroxeada, pele lisa e úmida, carne elástica, com olhos vivos e salientes nas órbitas.

AZEITE – Pode ser embalado em lata ou vidro, não adquira embalagens danificadas, enferrujadas, amassadas ou estufadas. O azeite deve ter consistência fluida, aroma e cor característicos. Observe se consta na rotulagem os dados do fabricante, do país de origem, do estabelecimento produtor/importador, prazos de validade, data de fabricação e lote. A fraude mais comum é a mistura de azeite com óleo vegetal (soja), neste caso, a denominação correta do deve ser óleo composto.

CHOCOLATE – Embora possa ser considerado alimento de baixo risco, o público principal são as crianças e é importante tomar alguns cuidados na hora da escolha: não adquira produtos com embalagem danificada, amassados, quebrados ou amolecidos; observe a rotulagem, que deve conter marca, dados do fabricante, lista de ingredientes, lote, datas de fabricação e validade. Os chocolates são produtos isentos de registro no Ministério da Saúde, à exceção dos diet, com registro obrigatório.

Os produtos artesanais também devem conter rotulagem completa. Existem indústrias caseiras legalizadas, que atendem às normas sanitárias vigentes. Não compre produtos de locais clandestinos, sem procedência, pois podem conter substâncias nocivas à saúde ou ser preparados em condições de higiene insatisfatórias.

Qualquer dúvida, sugestão, reclamação ou denúncia, a população poderá se utilizar dos seguintes canais de comunicação: telefone: (22) 2762-0935 ou e-mail: visa@macae.rj.gov.br, ou dirigir-se até a sede da COVISA, na Rua José de Aguiar Franco, 2150, Costa do Sol, Macaé/RJ.


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