Mobilização é a palavra de ordem contra o Aedes

13/01/2017 16:27:00 - Jornalista: Catarina Brust

Foto: Secom

Encontro reuniu prefeito e representantes da sociedade civil

Representantes de associações de moradores, forças armadas, instituições de classe e religiosas foram convidadas, nesta quinta-feira (12), à noite, para reforçar a necessidade do combate ao Aedes aegypti. O prefeito Dr. Aluizio disse que é preciso que todos se mobilizem. "Mais de 90% dos focos estão nas casas. A grande ferramenta é que a população se conscientize, que acredite nisso para acabarmos com os focos do vetor. Precisamos evitar que tenhamos mortes, microcefalia, chikungunha. Não é o governo contra o Aedes, é a cidade contra o Aedes. Precisamos falar isso todo dia", disse.

Cerca de 50 pessoas participaram da reunião realizada no Centro de Convenções. Durante o encontro, o prefeito reforçou que aonde tiver mais de 10 pessoas é preciso levar essas informações. "No ano passado, tivemos a proliferação da zika. Agora, é a chikungunha, responsável por uma dor articular incapacitante. Terrível que pode durar seis meses e matar. A previsão é de um cenário de grande epidemia nacional", alertou Dr. Aluizio.

Ele lembrou que o trabalho que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vem fazendo em Macaé é para ser motivo de orgulho. Em janeiro de 2014, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) apontou um índice 4,0 %, considerado estado de risco pelo Ministério da Saúde. Agora, em janeiro desse ano, o LIRAa foi de 0,9%. Ou seja, satisfatório.

Essa semana, a prefeitura lançou a campanha "Macaé contra o Aedes", com tenda montada na Praça Washington Luiz. O governo também disponibiliza uma linha telefônica, o 0800 022 6461 para atender a população.

Na última sexta-feira (6), a prefeitura publicou o Decreto nº 002/2017, dispondo sobre os procedimentos de prevenção e controle do vetor transmissor da dengue, zika vírus e chikungunha, no município. Em casos extremos, o Poder Executivo Municipal promoverá ações de autoridade sanitária, visando impedir hábitos e práticas que exponham a população ao risco de contrair doenças relacionadas ao vetor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. Se verificada a presença do mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zica vírus ou a ocorrência da doença na localidade, fica a autoridade municipal autorizada a ingressar na respectiva habitação, terreno, edifício ou estabelecimento. "A forma mais segura é combater o nascedouro do mosquito", completou.

O coordenador do CCZ, Flávio Paschoal, ressaltou que a preocupação esse ano é com alerta para o aumento de casos de chikungunha. "Sempre quando chove, é bom a população fazer uma inspeção no quintal da casa para verificar possíveis depósitos de larvas do mosquito. ", explicou.

O biólogo e agente de endemias do CCZ, Fernando Mancebo, fez uma apresentação durante a reunião sobre o controle do Aedes e as doenças transmissíveis.

- Em cinco dias, a larva se transforma no mosquito. Temos uma responsabilidade enorme no controle ao vetor. O tempo de vida dos ovos, sem chuva, é de até 500 dias. Só usamos o fumacê em locais com casos de dengue comprovado por meio de exame laboratorial. Para o controle das larvas, utilizamos Espinosade, um laravicidade em tabletes. Já para combater o culex (pernilongo) usamos o inseticida no controle nos valões e canais do município - detalhou.

O presidente da Associação de Moradores de Imboassica, José Cláudio de Oliveira, durante a reunião, solicitou mais informações sobre o maruim ou mosquitinho-do-mangue, comum no bairro. De acordo com o biólogo, a melhor forma de evitar que o maruim entre nas residências, é fechando o imóvel à tarde, antes de escurecer e também antes de clarear.

- Foi ótima a apresentação. Estamos informados sobre o Aedes, mas não tínhamos esse detalhamento. Precisamos mesmo mobilizar a comunidade para ficar alerta, disse José Cláudio Oliveira.

Já Sueli de Oliveira, a Sussu, presidente da Associação de Moradores do Lagomar, falou que vai propagar as informações. "Vamos marcar palestras na comunidade. Temos que tomar consciência dos perigos. Tomei ciência de coisas que até o momento não tinha. Na minha casa mesmo, vou cobrir os ralos com tela para evitar que surja alguma larva do mosquito", informou.


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