O secretário municipal de Indústria, Comércio, Desenvolvimento e Energia, Alexandre Gurgel, se reuniu nesta sexta-feira, dia 22, com a equipe do coordenador do projeto de conceituação do Pólo Industrial do município, vice-reitor da PUC-Rio, professor Luiz Roberto Cunha. Eles traçaram diretrizes para viabilizar a formação de um grupo gestor inter-secretarias que, a partir de agora, terá a responsabilidade de desenvolver a segunda etapa da implantação do projeto de conceituação do Pólo Industrial.
“Nós viemos discutir hoje com os secretários, o detalhamento das próximas etapas”, disse o vice-reitor. Os pontos discutidos na reunião foram: o perfil do Pólo, a questão da viabilidade econômica, a montagem do projeto básico de engenharia, a execução e o detalhamento das necessidades financeiras.
De acordo com o professor Luiz Roberto Cunha, o estudo da PUC-Rio demonstrou a importância da viabilidade da implantação do projeto. Ele disse que existe uma série de qualificações específicas em relação as melhores localizações sobre o modelo ideal. “A definição é o modelo de cluster que engloba um conjunto de empresas na área de metal-mecânica e com uma importante parte tecnológica”.
Segundo o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Gurgel, este conceito tem como base à cooperação e concorrência entre as indústrias participantes. “A escolha do modelo foi feita por ser o mais moderno que existe hoje em dia, tendo sido implantado em cidades que sediam as atividades do setor de petróleo e gás”, argumenta ele.
Diante das preocupações levantadas pelos secretários, Gurgel garantiu que a implantação do Pólo Industrial estimulará o crescimento da indústria local e a instalação de novas empresas. “Macaé tem espaço para criar células de outras aglomerações. Com isso haverá a transição econômica entre a indústria do petróleo e um novo ciclo econômico que se desenha na região”, falou.
Luiz Roberto Cunha apresentou aos secretários algumas idéias sobre como essas etapas devem ser cumpridas. Segundo ele, há uma etapa fundamental e obrigatória que trata do estudo do impacto ambiental e do estatuto da cidade, que é uma exigência legal para formulação do edital. “Sabemos que existem por parte do município, várias ações que estão sendo feitas. Queremos hoje é compartilhar nossas propostas, com as que já estão sendo feitas, para podermos responder as dúvidas e questões que os secretários podem ter”, ressaltou.
O vice-reitor da PUC mostrou ao grupo gestor que o Pólo servirá não só para atender a indústria do petróleo, mas também, a outros setores como, por exemplo, o sucro-alcooleiro do norte fluminense e com a perspectiva de atender a nova refinaria. “São idéias que vamos começar a desenvolver a partir de agora”, falou.
Em relação à infra-estrutura, Roberto Cunha citou que é muito boa. Instalado nas proximidades de Cabiúnas, o Pólo Industrial tem uma área de aproximadamente 500 mil metros quadrados, onde toda a infra-estrutura está sendo feita pelo município. Haverá um único acesso ao Pólo pela porta principal. A via principal terá quatro pistas em cada sentido. Haverá uma via interna com alternativas de emergência e integração com as vias externas, BR 101 e a ferrovia. “Vamos checar com os secretários se os pontos levantados pelo estudo estão adequados”, observou.
Outro aspecto importante e relevante no projeto de concepção do Pólo apontado pelo vice-reitor, foi à segurança. Conforme disse, uma das opções é a identificação digital de todos os veículos onde o registro é feito automaticamente identificando placa, cor e volume. “Quando montamos a matriz, o fator importante mostrado no estudo foi, entre outras vantagens, estar localizado próximo ao batalhão da Polícia Militar”.
Na opinião do professor Luiz Roberto Cunha, Macaé tem uma grande oportunidade econômica ligada ao petróleo para ampliar o escopo do crescimento sustentado. Ele lembrou que o município é hoje o grande centro de desenvolvimento do Estado. “O importante é saber que a Prefeitura está realizando ações visando esse futuro e, partindo para aproveitar como sendo à base do desenvolvimento para os municípios vizinhos”, finalizou.
Participaram da reunião com a equipe da PUC-Rio, além de Alexandre Gurgel, os secretários de Obra, José Tadeu; de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan; de Fazenda, Cássius Tavares; Meio Ambiente, Fernando Marcelo; de Governo, André Braga; de Comunicação Social, Rômulo Campos; a Procuradora Geral do Município, Maria Auxiliadora; o coordenador geral do Plano Diretor, Hermeto Didonet e o assessor do FUNDEC, Élbio Gualda, representando o presidente Jorge Siqueira.