Prefeito visita obra da orla da Praia dos Cavaleiros

14/01/2005 17:10:26 - Jornalista:

A obra, além de embelezar a orla, inclui o replantio da restinga costeira como proteção ambiental.

O prefeito Riverton Mussi Ramos visitou na tarde de quinta feira, 13 de janeiro, a obra de urbanização da Praia dos Cavaleiros e aprovou o projeto do urbanista Sérgio Dias. Antes da visita às obras, o secretário municipal de Meio Ambiente, Fernando Marcelo Manhães, esteve reunido com o urbanista e equipe, onde foram abordados alguns fatores relevantes sobre a preservação do meio ambiente.

Foram abordados temas sobre a preservação do meio ambiente no município, tais como o replantio das espécies nativas e a continuidade das espécies que estavam defasadas pelo uso contínuo dos transeuntes e por causa naturais, como erosões, ressacas da maré, entre outros.

Segundo o secretário, a obra, além de embelezar a orla, inclui o replantio da restinga costeira como proteção ambiental, antes da colocação do deck, que atuará como uma grade protetora contra depedração do ambiente natural. “Para não agredir o meio ambiente, a obra será feita por etapas. A medida que o deck de madeira for sendo colocado, a vegetação nativa será reposta”, explicou.

O Prefeito afirmou que a obra visa a recuperação do cartão postal do município que precisava ser resgatado.”É uma obra linda e funcional. Toda e qualquer novidade, no início assusta. A princípio, o projeto pode não ser bem aceito pela população e sofrer algumas críticas. Mas no decorrer do tempo, todos, tanto moradores como turistas, entenderão que isso é progresso. Temos de acompanhar a evolução. Antes, só tínhamos rádio. Depois, televisão. Hoje, temos internet e outros recursos. Não podemos parar no tempo. Temos de acompanhar a evolução. A diferença é que nós sempre vamos procurar ouvir a opinião de todos. Isso é como se fôssemos contra a natureza e o curso natural da evolução”, argumentou.

Ele afirmou ainda que o mesmo projeto da orla dos Cavaleiros será implantado na Imbetiba, Barra e Parque Aeroporto, em direção ao Parque de Jurubatiba.


O Projeto

Ao todo, são 860 metros de obras, contendo em sua estrutura inicial, três quiosques duplos, com seis banheiros (três femininos e três masculinos), além de cinco chuveiros para os banhistas. O deck é construído em madeira (pinho chileno), tratado ecologicamente. Já os chuveiros e os quiosques são feitos de aço pré-cozido, ou seja, moderna técnica usada contra a corrosão e de vida útil acima dos dez anos sem precisar de troca, dependo apenas da manutenção periódica. Outra novidade é a construção de um chafariz no final da praia, próximo à curva do Pecado. Na extensão da orla, serão colocadas cabines para os Guardas Vidas, com cobertura contra o sol e banheiro, observando que, a quantidade depende do acordo fechado com o Salva Vidas do Corpo de Bombeiros do município, que irá estipular a quantidade de cabines necessárias ao bom funcionamento do serviço, de acordo com os estudos da instituição.

O Projeto inicial prevê o total aproveitamento da vegetação já existente na região, mas isso não significa que outras espécies nativas não serão aproveitas para o embelezamento da orla. Outras espécies, como ipoméa, para a forração, cereus, e outras, substituirão as amendoeiras. Essas espécies são nativas e próprias para recompor a vegetação.

Segundo o secretário Fernando Marcelo, o replantio seguirá o mesmo curso das obras, ou seja, a media que o projeto for implantado, as plantas nativas serão repostas para que o meio ambiente não seja agredido e a população veja que a intenção da Prefeitura é proteger e preservar o meio ambiente. ”Além da nossa preocupação em manter a vegetação da restinga, não queremos transformar Macaé numa selva urbana. Não estamos preocupados somente com a estética. Queremos dar continuidade ao processo natural na pródiga mãe natureza”, disse.

De acordo com o urbanista Dias, que entre outros projetos idealizados por sua equipe, está o Rio Orla, o projeto urbanístico de Macaé é mais um desafio e com maior responsabilidade. “O espaço físico para um projeto de grande porte em Macaé, foi um problema sério, mas a minha equipe soube unir o útil ao agradável. No início, sei que a obra será criticada, como foi em Copacabana e outros lugares onde já atuei, pois sei que o progresso mexe com a cabeça das pessoas, mas, no final, tudo dará certo,” enfatizou.

Segundo ele, o deck, que será motivo de polêmica junto a comunidade, é usado como artifício para alargar o calçadão, além de ser aprovado totalmente pelos ambientalistas, já que a largura varia entre 1,50m e 3 metros de largura, de acordo com a localização, abrangendo a faixa de areia. “A madeira usada no deck é um tipo de madeira própria para esse uso. Não usamos pregos e sim parafusos, com buchas de espuma para evitar agressões futuras ao meio ambiente,” afirmou.

Outra novidade é o bicicletário, que servirá aos usuários enquanto promovem uma caminhada e preferem deixar a bicicleta em local seguro. Todo o material usado será em aço anticorrosivo. A previsão é que a obra seja entregue a população em três meses.