Prefeitos se reúnem em Macaé para enfrentar a crise dos royalties

26/01/2015 20:36:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Flávio Sardou

Objetivo é elaborar um documento de enfrentamento da crise decorrente da queda do valor do barril de petróleo

Os prefeitos, Dr. Aluizio, de Macaé, Alcebíades Sabino, de Rio das Ostras, e Amaro Fernandes, de Carapebus, além do presidente da câmara desse município, Juninho, e do vice-prefeito de Casimiro de Abreu, Pastor Zedequias, reuniram-se, na tarde desta segunda-feira (26), para iniciar a elaboração de um documento de apresentação das ações e metas regionais de enfrentamento da crise decorrente da maior queda do valor do barril de petróleo em seis anos, acumulando perdas de 60%. Apesar da crise ser internacional - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aponta o aumento de produção, em especial nas áreas de xisto dos Estados Unidos da América, e uma menor demanda na Europa e na Ásia como as principais causas - medidas locais já estão sendo tomadas pelas prefeituras, especialmente para evitar o aumento do índice de desemprego regional.

Esse foi o primeiro encontro com esta pauta. O próximo acontecerá na próxima segunda-feira, 2 de fevereiro, com a participação também de secretários de Fazenda, procuradores municipais e presidentes das câmaras de vereadores. Para as próximas reuniões, é esperada a adesão de Conceição de Macabu, Cabo Frio, entre outros municípios do Norte Fluminense. A troca de ideias entre os gestores sobre as iniciativas já tomadas pretende gerar ações coletivas em prol da região. As ações e metas regionais integrarão um documento que será apresentado aos governos estadual e federal para garantir que os compromissos com investimentos locais sejam mantidos. Isso porque a crise internacional gerou uma crise nacional que afetará os repasses estaduais e federais aos municípios. Entre os investimentos mais aguardados e que podem alavancar a economia do estado estão: rodovias, ampliação de aeroportos e terminal portuário.



- Tenho mantido um diálogo constante com secretários estaduais para tratar do licenciamento do Terminal Portuário de Macaé (Tepor), da duplicação da RJ 106, entre outros compromissos. Iremos também ao governo Federal apresentar essas demandas coletivas para garantir os investimentos em nossa região. Também estamos buscando a sociedade civil, para que compreendam o momento que estamos vivendo. Já foi acertado uma redução de custo de 10% dos serviços oferecidos por hotéis e por restaurantes. Todas essas medidas pretendem garantir o emprego, evitar demissões nos setores público e privados, disse Dr. Aluízio.



Como estratégia contra a redução de receita gerada pela queda dos royalties - de 25% a 30% em Macaé - algumas medidas já foram tomadas pelas prefeituras do Norte Fluminense. Entre elas: revisão de contratos; contingenciamento das despesas; redução percentual de 10% dos salários de prefeitos e de cargos comissionados. "Esperamos que seja uma tormenta passageira e que consigamos passar bem por ela. A Petrobras é a maior empresa do país e uma das maiores do mundo. Confiamos em seu potencial", pontuou o prefeito de Macaé.



- Queremos garantir os empregos. Por isso, vamos buscar os governos estadual e federal para apresentar nossas ações e metas de interesse regional para impulsionar a economia. O Terminal Portuário de Macaé é fundamental para toda a região, assim como a duplicação da RJ 106. Precisamos reafirmar os compromissos dessas esferas com esses municípios que por tanto tempo financiaram obrigações estaduais e federais, reforçou Alcebíades Sabino.


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