Macaé e outros cinco municípios da região estão tentando um financiamento junto ao Fundo Fiduciário de Combate à Violência Contra a Mulher (Unifem) para capacitação de profissionais para programas de prevenção à violência. O assunto foi um dos temas levantados nesta quarta-feira na Câmara Municipal de Macaé, em uma reunião técnica com representantes dos municípios de Macaé, Quissamã, Carapebus, Conceição de Macabu, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu e a coordenadora do IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal), Andréa Osório.
Durante a reunião, que contou com a presença da coordenadora dos Direitos da Mulher de Macaé, Vânia Deveza e a vereadora Marilena Garcia formam traçadas propostas para a criação do projeto. A coordenadora do IBAM, explica que o projeto será enviado ao UNIFEM é passará por aprovação dos mesmos, cuja resposta será dada até o mês de novembro. “A proposta é promover um trabalho de rede de combate e prevenção à violência contra a mulher”, disse.
Também foi ressaltado por Vânia que está sendo colocado no orçamento do próximo ano a construção de uma Casa Abrigo para o município, mas com esta proposta de criação de um consórcio intermunicipal a casa poderá ser mantida e usufruída pelos municípios participantes.
Mulher – Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a cada 15 segundos uma mulher é espancada por um homem no Brasil. A Coordenadoria dos Direitos da Mulher de Macaé realizou entre os meses de janeiro a julho o estudo do perfil epidemiológico do atendimento à mulher vítima de violência, feito pelo Núcleo de Atendimento a Mulher (NUAM) que está inserido na Assessoria de Enfrentamento à Violência.
Vânia acrescenta que algumas parcerias e a humanização no atendimento com a implantação do Programa Pérola de Mulher, que tem por objetivo reorganizar o atendimento com novas rotinas e a parceria com a Polícia Civil com a Projeção da 123ª DP, dentro das instalações do NUAM, melhorou sensivelmente o fluxo de Registros de Ocorrências (R.O).
- Das 164 mulheres que procuram o NUAM em janeiro de 2005, apenas 49% realizaram Registro de Ocorrência e em agosto de 2005 das 335 mulheres que procuraram a instituição, 69% realizaram o R.O, o que caracteriza o NUAM como um equipamento social no combate a violência contra a mulher no âmbito municipal, devido ao reconhecimento quando procurado pela crescente demanda, frisou.
Neste perfil foi traçada a idade da vítima, a idade do agressor, etnia da vítima e agressor, grau de instrução, profissão, tipo de violência, bairro, entre outros.