Prefeitura faz monitoramento contra febre amarela na mata do Forte

29/03/2017 16:13:00 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: Rui Porto Filho

Nenhum macaco foi detectado no local

Quatro guardas ambientais e dois agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde fizeram monitoramento na mata em torno do Forte Marechal Hermes, na manhã desta quarta-feira (29), num trabalho que buscou por macacos mortos ou infectados pela febre amarela. Nenhum macaco foi encontrado no local, onde anos atrás os soldados haviam visto um buggio.

O coordenador do CCZ, Flávio Paschoal, explicou como se dá o monitoramento: primeiro se avalia se há primatas mortos ou doentes nos locais de inspeção, depois a Secretaria Estadual de Saúde deve ser notificada, com encaminhamento do animal morto para o Instituto Jorge Vaistman, no Rio de Janeiro.

Por fim, esse instituto avalia o animal para saber qual foi a causa da morte: se foi provocada por febre amarela ou não. Para a subcoordenadora de Educação Ambiental da Guarda Ambiental, Raquel Giri, a população em torno das matas deve estar informada e imunizada. "Dessa forma, haverá um cinturão, uma barreira de contenção", afirma. Ela ainda comentou que a Guarda Ambiental faz o controle de epizootias - epidemia em animais. Isso se dá para que a febre amarela silvestre não ocorra. "Fazemos trabalho de conscientização em escolas, igrejas e nos distritos da região serrana, como Sana, Glicério e Frade", conta.

Raquel ressaltou que todos os soldados do Forte Marechal Hermes já foram vacinados contra a febre amarela. "Não identificamos buggios no local. Sugerimos ao comandante que faça parceria com o Nupem, a UFRJ, o CCZ e a Guarda Ambiental para que armadilhas de mosquitos sejam instaladas na mata em torno do Forte para identificar quais espécies há na região", frisou.

Já Flávio Paschoal foi enfático: "é recomendável que as pessoas que residem nos locais propícios à febre amarela tomem a vacina, inclusive os que vão a esses lugares a passeio, isso com dez dias de antecedência. Essas orientações também servem para residentes em áreas endêmicas, onde houve registros de casos da doença", finaliza.


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