Foto: Guga Malheiros
Reuniões da Rede de Vigilância de Violências promovem debates
Dados da Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências e Acidentes, ligada à Secretaria de Saúde, apontam 1.411 casos de violência no município, em 2017, envolvendo mulheres, adolescentes, crianças, idosos e homens. O número é 14% maior que o mesmo período de 2016. As maiores notificações ficam entre as mulheres, com 846 registros no ano passado. Em seguida, são os adolescentes, 282; crianças, 189; idosos, 73; e homens, 21. O órgão tem desenvolvido um conjunto de ações para promover a saúde e a cultura de paz, além de prevenir as violências em Macaé, contribuindo para a qualidade de vida da população.
De acordo com o levantamento, os bairros com maior índice de notificação de violência são: Parque Aeroporto, Ajuda, Lagomar e Nova Holanda. O local onde ocorre é a própria residência. Já o maior tipo de violência sofrido por mulheres é a psicológica/moral e física, praticada pelo cônjuge ou ex-cônjuge. Em crianças e adolescentes, os casos são de negligência/abandono por parte de seus genitores. Os idosos sofrem com negligência/abandono e violência psicológica, praticados principalmente pelos filhos.
A Rede de Vigilância das Violências é uma das ações da Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências e Acidentes, que também realiza a qualificação dos dados de violência do município, visita as unidades que realizam atendimento às pessoas em situação de violência e promove monitoramento dos casos, capacitação da rede, dentre outros serviços.
"É importante salientar que, além de uma exigência legal, a notificação das violências faz parte da linha de cuidados da pessoa em situação de vulnerabilidade. Interromper o fluxo e não notificar significa negligenciar o cuidado, uma vez que a notificação prevê o acolhimento, atendimento, cuidados profiláticos, tratamento, seguimento na rede de cuidados, proteção social, ações de vigilância, prevenção, promoção da saúde e da cultura da paz", frisa a coordenadora da Área Técnica de Vigilância e Prevenção das Violências e Acidentes, Ananda Resende.
A Rede de Vigilância das Violências possui como objetivo promover um espaço de debate, reflexão e formação sobre as violências, considerando a discussão sobre os Direitos Humanos, assim como instrumentalizar os profissionais envolvidos a reconhecerem casos suspeitos ou confirmados de violências. Isso é feito durante os atendimentos realizados para o correto preenchimento da ficha única de notificação de violências. Os encaminhamentos são de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde.
Centro dá suporte às mulheres
O Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) é referência nas regiões Norte e Noroeste do estado. As vítimas contam com atendimento psicológico, assistente social, jurídico e social.
Na parceria entre o Ceam, Polícia Militar e o Núcleo de Atendimento à Mulher (Nuam), é realizado monitoramento dos casos, promovendo a efetividade da Lei Maria da Penha.
O mês da mulher está sendo marcado por diversas atividades, entre elas, palestras, roda de conversa, caminhada, exposição de artesanatos, entre outras.
O endereço do Ceam é Rua São João, 33 - Centro, ao lado da 123ª DP. Mais informações pelo número (22) 2796-1045.