Responsabilidade social é meta da prefeitura de Macaé

01/09/2005 15:11:23 - Jornalista: Catarina Brust

A prefeitura de Macaé, através do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fumdec), repassa R$ 10 milhões anualmente para 27 entidades do município. Para avaliar como esses recursos estão sendo aplicados, e principalmente nos resultados alcançados, o Fumdec requisitou das entidades um plano de trabalho. “Nosso objetivo é saber qual o grau de profissionalismo da entidade e qual o público alvo que está atingindo”, afirma Jorge Tavares Siqueira, presidente do Fumdec.

Pestalozzi, Associação Macaense dos Deficientes Auditivos (AMADA), São João Batista, Portadores de Alegria, Liga Macaense de Desportos, são algumas das instituições que recebem o repasse mensal da prefeitura de Macaé. A preocupação maior do governo municipal, segundo o presidente do Fumdec, é saber quais os resultados atingidos. “A prefeitura tem o comprometimento de ajudar essas instituições, só que queremos também que elas ampliem até mais suas atividades, dando ferramentas para que elas melhorem suas ações”, reforça Siqueira lembrando que a responsabilidade social é a meta do atual governo. Mussi.

Dentro dessa meta, o Fumdec, a Fundação de Ação Social (FAS), a secretaria de Promoção Social (Sempros) e as entidades do município estarão reunidas em outubro para discutir o que está sendo aplicado hoje em responsabilidade social. Esse encontro contará também com uma palestra da coordenadora de pesquisa aplicada, Ana Peliano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Fumdec está fazendo o diagnóstico dos planos de trabalho apresentados pelas entidades que recebem verba mensal da prefeitura. A partir daí, vai ser feita uma reunião, esse mês, entre o Fumdec e as instituições para avaliar o resultado e propor melhorias. “Continuaremos a ajudar essas entidades, mas também queremos que elas busquem sua auto-sustentabilidade”, completa Jorge Tavares Siqueira.

Parceira

A presidente da Associação Macaense de Deficientes Auditivos (Amada), Marilene Fernandes, é taxativa. “Quem é a grande parceira da Amada é a prefeitura de Macaé. Através dessa verba, que chega a R$ 75 mil por mês, mantemos nossa instituição. Alguns professores são cedidos pela secretaria de Educação e a fonoaudióloga é da secretaria de Saúde”.

A Amada disponibiliza atividades para a população de todas as idades. As turmas de libras – linguagem de sinais – têm 100 alunos. O curso, com turmas de 20 alunos, é ministrado em 10 meses tanto para deficientes auditivos quanto para ouvintes. O serviço de fonoaudiologia contabiliza 60 atendimentos mensais, para jovens e crianças.

“Temos 30 alunos matriculados nas aulas de reforço escolar, sendo que cinco crianças são de Conceição de Macabu, e três de Rio das Ostras”, diz Marilene, acrescentando que 20 pessoas são encaminhadas mensalmente para exames médicos de audiometria.

A meta da Amada é ir mais além: conseguir uma escola para educação infantil e alfabetização, para ser feita, segundo Marilene, a inclusão do deficiente por vias de fato. “A Amada está aberta para as empresas em geral que queiram conhecer e investir nesse trabalho que desenvolvemos. Quem sabe elas não se interessam e venham a ser nossas parceiras, como a prefeitura de Macaé já faz?”, comentou.