Cem anos de Mandela é trabalhado nas escolas

19/02/2019 10:07:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Luís Gustavo Malheiros / Arquivo Secom

Festival de Literatura e Cultura de Macaé e Mostra Cultural Raízes estão na programação

A educação de Macaé prossegue desenvolvendo ações com os alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º ano), Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) quanto à Lei 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. Para isso, neste ano letivo, o tema será "Mama África - Explorando a Literatura e a Arte como forma de vencer o preconceito" em homenagem a Nelson Mandela, líder da luta negra, cujo centenário está sendo lembrado nas unidades de ensino desde o ano letivo de 2018.

A abordagem será destacada pelos professores no dia a dia nas salas de aula e em eventos que fazem parte do calendário letivo, como a Literarte, de 6 a 10 de maio, desfile cívico do aniversário de 206 anos do município, II Festival de Literatura e Cultura de Macaé (Flicmac), prevista para os dias 21 a 25 de outubro, e Mostra Cultural Raízes, que vai acontecer nos dias 26 e 27 de novembro.

De acordo com o Secretário de Educação, Guto Garcia, o objetivo é intensificar as estratégias de trabalho, que também são orientadas pelo Programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena. "Outra finalidade é instrumentalizar os educadores do município com as novas metodologias e informações para trabalhar com relações raciais, também inserindo o indígena", pontua, citando a Lei 11.645/08.

A recomendação, segundo a Superintendente de Educação Integrada, Janaína Pinheiro, é que a temática "Mama África - Explorando a Literatura e a Arte como forma de vencer o preconceito" e as relações raciais sejam trabalhadas até o final do ano letivo. Atividades coletivas e individuais são feitas por alunos da Educação Infantil e do primeiro segmento do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano). Alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio vão trabalhar os conteúdos nas disciplinas de História, Artes, Literatura e Língua Portuguesa, além de projetos interdisciplinares.

"Para este ano, propomos como estratégia de trabalho a utilização de diversos atores, escritores e poetas, que retratem a cultura afro-brasileira. A intenção é que o espaço escolar permita que o aluno entre em contato com as diversas formas de produção cultural, bem como elementos que formam cada grupo étnico-racial", ressalta Janaína.

Igualdade racial é tema do programa

A rede municipal conta com a Coordenação do Programa de Cultura Afro-Brasileira e Indígena, que vai intensificar a partir de março formações para profissionais da Educação com foco para a Lei de Diretrizes Curriculares Nacional, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/2003. Ainda neste bimestre, haverá continuidade do curso "Ubuntu- história e cultura afro-brasileira", que é oferecido em parceria com o Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM).

A programação, iniciada em 2018, é direcionada aos profissionais da educação da rede pública e privada. O curso é online e tem como objetivo oferecer conhecimentos quanto à abordagem da africanidade nas salas de aula, contribuindo com os educadores para trabalhar, dentro do ambiente escolar, a promoção da igualdade racial a partir de atividades pedagógicas nas diversas áreas curriculares.