Dados que apontam o quadro de evolução da taxa de ocupação dos leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Público Municipal (HPM), que levaram o município a chegar ao quadro de “bandeira laranja” no atual cenário da pandemia do Coronavírus, foram apresentados nesta terça-feira (2) pela prefeitura à Câmara de Vereadores.
Os índices apontam a elevação no número de novos pacientes com diagnóstico de Covid-19, internados no hospital, quadro quem vem sendo monitorado pelo governo ao longo da última semana.
Na apresentação aos vereadores, o secretário adjunto de Média e Alta Complexidade, Carlos Emir Júnior, destacou que este novo cenário representa o quadro de infecção de pacientes que já estavam em tratamento.
“Em uma semana, aumentamos de 22 para 34 o número de pacientes internados nos nossos leitos de CTI, o que elevou a taxa de ocupação para 64%. Essa alteração nos índices levou o município a adotar o quadro laranja da pandemia”, apontou.
Atualmente, a rede de assistência aos pacientes do coronavírus na Alta Complexidade conta com 53 leitos de Centro de Terapia Intensiva (CTI) e 36 vagas na ala da enfermaria.
O secretário afirmou que esse sistema pode ser ampliado por meio do sistema reversível, acrescentando mais 25 leitos de enfermaria, utilizando as vagas da sala vermelha (19) e clínica médica (6) do HPM.
“Seguimos a estratégia de manter leitos do Hospital Irmãs do Horto fechados para pacientes de Covid-19. De acordo com a taxa de ocupação, conseguimos adotar o sistema reversível para atender outras urgências da rede”, explicou.
Em fevereiro, o HPM registrou a entrada de 91 pacientes com suspeita e diagnóstico de Covid-19, que passaram pelo setor de enfermaria ou foram encaminhamos para a CTI. Em dezembro de 2020, o pico de internações chegou a 176 pessoas.
Segundo o secretário, a média da taxa de ocupação dos leitos de CTI se manteve em 50% ao longo de fevereiro, o que permitiu o governo a adotar medidas de flexibilização em atividades na cidade.
“Já tivemos momentos piores que hoje e elevamos a nossa capacidade operacional para assegurar o atendimento aos pacientes que evoluem para os casos graves. Vivemos uma luta quase que inglória contra um inimigo invisível e só vamos vencê-lo com vacina ”, apontou Carlos Emir.
