Ilha do Francês recebe ação ambiental nesta sexta-feira

05/04/2017 18:21:00 - Jornalista: Julie Silveira

Foto: Arquivo

Santuário ecológico reúne espécies de fauna aquática importantes para o ecossistema

Considerado um santuário ecológico, a Ilha do Francês, que compõe o Arquipélago de Sant’Anna, é uma Área de Preservação Ambiental (APA). Nesta sexta-feira (7), de 7h às 12h, a ilha recebe ação de limpeza e conservação da praia e costões, com cerca de 60 voluntários envolvidos. A iniciativa é da Secretaria Adjunta de Pesca e Aquicultura e tem como objetivo conscientizar os profissionais da pesca, inscritos para a frente de trabalho no período do Defeso do Camarão de 2017, sobre a preservação ambiental. A expectativa é que sejam recolhidos da ilha cerca de 300 sacos de resíduos.

De acordo com o secretário adjunto de Pesca e Aquicultura, Clóvis de Queiroz Lima, a ação tem a participação da Defesa Civil, Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade, Secretaria Adjunta de Serviços Públicos, além de 20 alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio do Janeiro (UFRJ). Os estudantes são integrantes do projeto Iurukuá, que visa à preservação de tartarugas marinhas.

Clóvis ainda aponta que, entre as consequências diretas do descarte de resíduos nas praias e nas margens dos rios estão os danos aos seres vivos do ecossistema, como peixes, aves, tartarugas, mamíferos marinhos e invertebrados; os prejuízos à navegação e às atividades pesqueiras; a degradação da paisagem; o aumento de despesas municipais com limpezas periódicas; a dispersão de doenças por meio da proliferação de roedores e insetos e a diminuição das receitas advindas do turismo.

- É necessária a conscientização de toda a população. Os pescadores devem fazer sua parte, mas todos temos obrigações perante à natureza. A ação conta com três barcos para realizar o trajeto dos voluntários - disse.

Frente de Trabalho do Camarão vai até maio

Macaé tem, em média, 500 pescadores inscritos na Frente de Trabalho no período do Defeso do Camarão de 2017, que acontece entre 1º de março e 31 de maio, período de reprodução da espécie. Durante essa fase, são realizados cursos, palestras, ações ambientais e frentes de trabalho que representam a contrapartida dos pescadores pelo recebimento do salário mínimo mensal.

Dia 13 de abril, às 14h, acontece palestra na Associação dos Moradores da Barra sobre primeiros socorros; dia 20 de abril, às 9h, limpeza de patrimônio ambiental, no Canal Macaé/Campos, palestra sobre educação ambiental e ações de combate ao Aedes aegypti.

Dia 28 de abril, curso sobre Carteira POP; dia 5 de maio, às 9h é a vez de limpeza de patrimônio ambiental, no Pontal; 12 de maio, às 9h são feitos exames no Mercado de Peixes sobre saúde do pescador; dia 19 de maio, às 9h, é a vez da limpeza de patrimônio ambiental, no Canal Macaé/Campos. Para finalizar a programação, no dia 26 de maio, às 9h, será feita mais uma limpeza de patrimônio ambiental, na Praia da Barra.

Defeso do camarão - O período de defeso impede a pesca do camarão no mar da Região dos Lagos e no Norte Fluminense, entre primeiro de março e 31 de maio. Pescadores de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios, Saquarema, Macaé, do litoral de Campos dos Goytacazes e São João da Barra são afetados pela medida, já que esse é o período de reprodução dos crustáceos.

Nos três meses, fica proibida a pesca de arrasto com tração motorizada para a captura do camarão-rosa, camarão-sete-barbas, camarão-branco, santana ou vermelho e barba-ruça. De acordo com a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), o pico do período de reprodução do camarão varia de um ano para outro, de acordo com a variações climáticas, de correntes e ventos.

As punições incluem advertência, multa e apreensão do produto, além de suspensão parcial ou total das atividades.