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Cidade é também a segunda melhor do estado
Macaé é a nona melhor cidade do Brasil para fazer carreira, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Levantamento feito em 127 cidades, considerando os municípios mais populosos e com maiores depósitos bancários à vista, avaliou três indicadores: vigor econômico, serviços de saúde e educação. O Produto Interno Bruto (PIB) municipal, divulgado em 2006 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e puxado no município pelo arranjo produtivo do petróleo e gás, também foi avaliado.
Do estado do Rio de Janeiro, Macaé aparece atrás apenas da capital, Rio de Janeiro, que emplacou o segundo lugar. Macaé aparece na frente de cidades como Curitiba (PR), Campinas (SP), Santos (SP), Niterói (RJ), São José dos Campos (SP) e de capitais como Florianópolis (SC), Salvador (BA), Natal (RN) e Maceió (AL).
Quando são analisados os municípios do Sudeste, Macaé aparece em sétimo lugar no ranking das melhores cidades, atrás apenas das metrópoles São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e dos municípios Barueri (SP), São Caetano do Sul (SP) e Belo Horizonte (MG). Essa foi a oitava edição da pesquisa “As cem melhores cidades para fazer carreira”, coordenada pelo professor Moisés Balassiano, da FGV.
O prefeito Riverton Mussi destacou que o boom econômico impulsionado pelo ciclo do petróleo e gás acelerou a economia local e trouxe bons indicadores, além de um vertiginoso crescimento alavancado pelas sucessivas descobertas de novos poços na região. “Macaé é a principal base operacional para a exploração, perfuração e extração da Bacia de Campos, responsável pela produção de 80% do petróleo nacional e 50% do gás natural. Temos cerca de 3,5 mil empresas ligadas a essa indústria, e diante das boas perspectivas no mercado do petróleo, esse cenário que só tende a crescer”, analisou.
Riverton lembrou que oportunidade de trabalho existe em Macaé apenas para trabalhadores qualificados. “Hoje, temos que arcar com uma demanda social ocasionada pela população migrante que no passado o município não se preparou para receber, e veio para Macaé em busca de emprego, que só existe para quem tem preparo técnico e acadêmico. É preciso sempre frisar que Macaé tem emprego, mas para aqueles que têm qualificação para os setores aquecidos no mercado, como o petróleo”, afirmou.
Prefeitura intensifica investimento em educação e saúde
Investir em educação e saúde – dois dos critérios analisados pela FGV – é uma prioridade, de acordo com o prefeito. Em 2008, por exemplo foram realizadas 982.133 consultas médicas nas 51 unidades de saúde do município: sete Unidades Básicas de Saúde, dois Centros de Especialidades, dois Núcleos de Atendimento à Mulher e à Criança; 29 Unidades de Programa da Família, nove Unidades de Emergência e dois Hospitais Municipais. Para efeito comparativo, em 1997, a cidade possuía 25 unidades de saúde e realizou 246.076 consultas.
Também na área de saúde, a prefeitura injeta altos investimentos para o atendimento pleno ao cidadão. “Somente na manutenção do Hospital Público Municipal, por exemplo, são R$ 70 milhões por ano de recursos próprios. E estamos ampliando a rede de saúde com a inauguração da nova Farmácia Municipal, a construção do Hospital de Emergências Pediátricas, do Pronto Socorro Psiquiátrico, do Hospital da Mulher e o fortalecimento da rede básica, além da descentralização com o Hospital da Serra”, exemplificou.
Na educação básica, a prefeitura mantém 40 mil alunos matriculados em escolas, creches e unidades de atendimento especializado. O horário integral beneficia 50% das unidades escolares. “A escola em tempo integral garante para os alunos o estímulo à prática esportiva e a oportunidade de acesso a manifestações culturais e artísticas”, definiu.
De acordo com o prefeito, a Cidade Universitária está em fase de expansão: começam neste mês os cursos de Medicina, Nutrição e Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os cursos vão somar às graduações já existentes da UFRJ – Biologia, Farmácia e Química –, da Universidade Federal Fluminense (UFF) – Administração, Ciências Contábeis e Direito – e da Faculdade Municipal Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS): Administração, Engenharia de Produção e Sistemas de Informação.
Além da Bolsa Universitária – que oferece bolsas para universitários e alunos de cursos profissionalizantes que estudam em Macaé - do estágio remunerado, a prefeitura disponibiliza o Transporte Social Universitário, que leva os alunos para cursos fora de Macaé, ainda não implantados na cidade. A capacitação profissional é outra prioridade: o Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep) já qualificou 3,4 mil cidadãos no Programa de Desenvolvimento Social de Macaé e Região (Prodesmar), em parceria com a Petrobras. A meta do convênio é formar no total 5.740 alunos até dezembro.
- Macaé tem uma economia forte e potencial para novos investimentos. Incentivamos a instalação de novas empresas na cidade com incentivos fiscais e o município está pronto para atrair empreendedores e ampliar ainda mais o seu parque comercial e industrial – citou o prefeito, acrescentando que é meta da prefeitura inserir o munícipe no processo de desenvolvimento econômico da cidade – por meio da capacitação da mão-de-obra - e executar políticas públicas que levem à sustentabilidade do município.
No ano passado, Macaé foi considerada a segunda cidade mais dinâmica do Brasil e a mais dinâmica do Estado do Rio de Janeiro, de acordo com a nona edição do Atlas do Mercado Brasileiro. Também em 2008, Macaé foi considerada a melhor cidade do estado em desenvolvimento socioeconômico, de acordo com o Índice Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) de Desenvolvimento Municipal (IFDM). O diagnóstico foi feito a partir da análise das três principais áreas de desenvolvimento humano: emprego e renda, educação e saúde.