Foto: Joice Trindade
Jornalista: Joice Trindade
Feira de Ciências Tecnologia e Inovação do Maria Isabel é um sucesso
Experimentos e pesquisas dos alunos do Colégio Municipal Maria Isabel Damasceno Simão podem ser apreciados na Feira de Ciências, Tecnologia e Inovação que acontece na sede da escola até esta sexta-feira (9). Mais de 1.200 estudantes do 1º ao 9º ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) estão envolvidos na execução dos trabalhos, desenvolvidos no decorrer do ano letivo. Paralelamente, a unidade de ensino também está promovendo a feira cultural, cujo tema é “Diversidade”. As programações acontecem nos turnos da manhã e tarde.
O público visitante pode apreciar nas salas e corredores da unidade, trabalhos que foram premiados em feiras como o novo sistema de captação, distribuição e compartilhamento de Água, que recentemente foi premiado no “Concurso Jovem Inovador” promovido pelo Instituto Nossa Senhora da Glória (Castelo), além de robôs e outros materiais, como jogos didáticos inteligentes, que posteriormente serão utilizados nas salas de aula.
De acordo com a diretora-geral, Lucy Caldas, a Feira de Ciências é um sucesso. “Temos que parabenizar alunos e professores, que se empenharam na construção de equipamentos para posterior apresentação a comunidade. Para fazer parte da Feira de Ciências, foram realizadas diversas pesquisas e estudos científicos dos princípios físicos envolvidos na construção e no funcionamento do aparelho e até mesmo a pesquisa da parte histórica envolvida, ou seja, quem inventou, quando e em que contexto deu-se a descoberta. Também pudemos destacar talentos, ou seja, jovens cientistas e inventores. Estamos muito felizes”, disse.
EJA ESPECIAL – Entre os participantes mais entusiasmados estão os alunos com necessidades educacionais especiais da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O grupo, composto por cerca de 40 participantes, se envolveu na feira, que tem como tema “Sustentabilidade”. Para isso, as turmas produziram brinquedos para serem utilizados em atividades culturais e salas de leitura, robôs e utensílios para casa, feitos de materiais como papelão e embalagem de leite, além de peças alusivas à manifestação cultural do município, como o boi pintadinho e a boneca da Aroeira. Na oportunidade, os alunos da EJA Especial, estudaram a respeito do ex-vereador e sambista consagrado de Macaé, Orbílio de Lima.
Empenhada com a Feira de Ciências, a equipe de 11 professores que atua na Educação Especial do Maria Isabel mobilizou os alunos quanto à conscientização e preservação ambiental. As professoras Paula Carolina de Jesus, Maria Izabel Amorim, Marta Soares e Luciana de Jesus admitiram que a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no evento é mais uma conquista. “Uma de nossas alunas é artesã e continua trazendo embalagens de materiais recicláveis para novas produções. Isso tem um significado muito especial para toda a equipe, pois mostra que estamos despertando e incentivando ainda mais as habilidades dos estudantes”, contou a coordenadora da EJA Especial, Sílvia Martins.
Os trabalhos elaborados para a Feira de Ciências dos estudantes com necessidades especiais, elaborados a partir de visitas àfeira de Exposição Fotográfica de Macaé e a Exposição das Flores de Holambra. Em ambas ocasiões, eles também estudaram as manifestações artísticas de Macaé, como lendas e estudo da história do município. O boi pintadinho e a boneca da Aroeira foram os destaques das produções dos alunos.
— Diante desta atividade, os alunos da EJA Especial também ganharam uma visão diferente sobre o município através do projeto “Conhecendo Macaé”, que consiste em visitas a vários locais do município. Entre eles, os bairros mais populosos, monumentos históricos, a área comercial da cidade, os shoppings e a Serra — lembrou a coordenadora Sílvia.
Feliz com a atuação dos estudantes, a coordenadora da EJA Especial, destacou que a proposta maior da participação dos estudantes é a inclusão. “Ficamos felizes em registrar os exemplos de superação a cada dia, com apoio e interesse de toda a comunidade escolar. Esta é mais uma oportunidade para o reconhecimento e valorização dos portadores de necessidades educacionais especiais. A intenção é, a cada dia, mostrar a importância da igualdade de direitos e, sobretudo, da acessibilidade”, salientou Sílvia.
A coordenadora lembrou também que a programação é mais uma maneira de sensibilizar a sociedade, de que os portadores de necessidades educacionais especiais existem e são capazes. “Eles podem realizar qualquer atividade, como dançar, cantar, trabalhar e estudar. A integração na Feira de Ciências é uma prova disso”, ressaltou.
Animados, os estudantes Wanderson Almeida da Silva, Igor da Silva e Maria Helena Fernandes ficaram impressionados com a Feira de Ciências. “Eu pude participar, trouxe caixas e ajudei a enfeitar os objetos. Gosto muito de estudar e a feira está muito legal”, comentou Maria Helena.
Para a diretora Lucy Caldas, a Feira de Ciências se destaca por ser uma troca de aprendizagens e conhecimentos: “Na medida em que o professor consegue compreender que a divulgação e estudos de temas científicos é importante para a comunidade escolar, nossos alunos se empenham e apresentam resultados ainda mais positivos nas disciplinas ligadas às áreas de Exatas e Ciências”, finalizou.