Obras da prefeitura transformam o Lagomar, bairro que mais cresce no município

Com recursos próprios de R$ 60.682.877,23, a prefeitura de Macaé investe no Lagomar, uma das comunidades que mais cresce no município, na terceira fase do Projeto Lagomar, com obras de infraestrutura urbana. Essa fase, a de conclusão da urbanização do bairro, começou em junho deste ano, com prazo de conclusão em junho de 2015, com o objetivo de urbanização das travessas e vielas e algumas ruas que não foram atendidas nas fases 1 e 2 do projeto.

Com ações que vêm mudando de forma visível o bairro, são atendidas todas as travessas e também as vielas, com escoamento de esgoto e de águas pluviais e pavimentação. Além disso, todas as ruas são contempladas com construção de calçadas e instalação de meios-fios.

As ações no Lagomar beneficiam mais de 35 mil moradores e as obras estão sob a responsabilidade da secretaria de Obras e Urbanismo. Segundo a secretaria, 18% desta fase já foram executadas em cinco meses de obras.

Mais de cinquenta travessas já foram atendidas, como a Travessa Rio de Janeiro, entre a W12 e a W14, a Canaã, que começa na Avenida Quissamã, a Manoel Júnior, entre a W20 e a W22, entre outras.

Num trabalho de 8 da manhã até 17 horas, de segunda a sexta-feira, a movimentação de homens e máquinas não para na localidade, sendo as ações acompanhadas pelos moradores das ruas que ainda não haviam sido atendidas e que vivenciavam muitos problemas, com poeira nos dias de calor e lama nos dias de chuva, dificultando o simples ir e vir das pessoas. Só no mês de outubro foram assentados 612 metros de tubulações de 460 mm para drenagem de águas pluviais; 1.114 m de tubulação de 200 mm para drenagem de esgoto, totalizados 8.186 m2 de pavimentação com paralelo e 2.600 m2 de calçadas e meios-fios.

Moradores satisfeitos com as ações no bairro

Sobre as ações da prefeitura no Lagomar, os moradores de travessas e ruas em obras estão satisfeitos com as melhorias. Welita Gonçalves, moradora há 25 anos no Lagomar, residente na W18, rua onde as obras já foram concluídas, só tem elogios. "Aguardamos durante anos que as obras fossem concluídas. Antes eram só promessas. O bairro hoje está bem melhor e eu ainda me recordo das ruas com buracos e lama, num bairro perigoso e sem iluminação. Só temos que reconhecer as melhorias", disse a moradora.

Moradora do bairro há 12 anos, residente na Travessa Nova Esperança, que começa na W12, e trabalhando na Unidade de Estratégia Saúde da Família, situada na W18, Rosimere Tavares está satisfeita com as obras. "O Lagomar mudou muito, está muito mais limpo, com as ruas bem feitas e bem cuidadas. Espero que a comunidade reconheça e ajude a preservar essas ruas sempre limpas. A prefeitura merece nossos parabéns.", colocou.

Outra moradora no bairro há dez anos, Krislaine Souza, residente na última Travessa da W12, também elogia as ações no bairro. "As obras estão ótimas e o Lagomar melhorou bastante. Antes, era só lama e poeira e agora vivemos num local com qualidade de vida. A prefeitura tem atendido a comunidade", disse Krislaine.

Residente numa das vielas em obras próximo à W18, seu Manoel Castilho vive no Lagomar há mais de 25 anos. Esse morador lembra-se bem das dificuldades vivenciadas por todos que ali moravam no início do bairro. "As ruas eram um buraco só, a poeira era tanta, os ônibus nem passavam aqui. Quando chovia, era o caos, devido à lama que impedia que os moradores andassem pelas ruas, isso sem falar na escuridão e no perigo que representava o simples caminhar. Agora, a história é outra e eu nem preciso falar. Basta olhar e procurar por aí, ver as ruas arrumadas, as calçadas. O problema ainda é a falta de água, mas com as obras todos estão satisfeitos", falou seu Manoel.

Os números do Lagomar são sugestivos e mostram o tamanho do bairro e a importância do investimento que a prefeitura ali realiza. Nos cinco meses de obras, a localidade já recebeu 2.730 m de tubulações para drenagem de águas pluviais; 4.270 m de rede de esgoto; 24.870 m2 de pavimentação com paralelos e 21.050 m2 de calçadas e meios-fios.

Segundo a Secretaria de Obras, está prevista a instalação de 20.400 metros de dispositivos para a drenagem de águas pluviais com de tubos de concreto com diâmetros 400\600\800mm, 570 poços de visita e 1.185 caixas de ralo. O esgotamento sanitário prevê a instalação de 25.560 metros de tubos de PVC com diâmetro de 200mm, 405 poços de visita e 2.556 ligações prediais de esgoto sanitário.

Até a conclusão total das obras, a pavimentação das travessas com paralelepípedos prevê a instalação de 59.600 metros de meios-fios e 162.180 metros quadrados de pavimentação. Prevista ainda a construção de 126.900 metros quadrados de calçadas.

Quando toda a terceira fase de obras no bairro estiver concluída, a rede de esgoto do Lagomar terá 55 mil metros e a de drenagem de águas pluviais 38 mil metros. As ruas abertas pela prefeitura para a instalação das redes de drenagem recebem também a rede de água potável, mas poucas ruas do bairro contam com a ligação da rede de água feita pela Cedae.

Embora a prefeitura esteja instalando as redes de distribuição de água potável, não é atribuição da prefeitura ligar essa rede à rede central de água que abastece o município, já que a responsabilidade é da Cedae, Companhia Estadual de Água e Esgoto. Enquanto isso não acontece, o abastecimento de água é feito pela prefeitura, através de caixas coletivas, ou poços artesianos. A coleta de lixo é regular e o bairro possui iluminação pública em todas as ruas.

A Estação de Tratamento de Esgoto da localidade já foi concluída e se situa no Engenho da Praia. A ETE recebe pequenos reparos de impermeabilização, está em fase de testes e vai funcionar logo que os testes estejam concluídos. Na localidade já foram construídas 11 elevatórias para drenagem do esgoto.

O bairro conta com três quadras de esportes situadas na Avenida Quissamã, a avenida central do bairro, entre o Terminal Rodoviário e a W12. A Prefeitura já iniciou a construção de dois playgrounds, um entre a W12 e W14 e outro entre a W14 e a W16.

O bairro

O Lagomar tem 323 hectares de área (3.239.000 metros quadrados) e as ruas totalizam 54 quilômetros. Situa-se no extremo norte da cidade e é separado do bairro Engenho da Praia pela Rodovia Amaral Peixoto. O limite do bairro pelo outro lado é o Oceano Atlântico. No bairro localiza-se extensa área do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba. Para iniciar as obras na localidade, em 2005, a prefeitura transformou o Lagomar em Zona Especial de Interesse Social, a ZEIS Lagomar, através do Decreto 180\2005.

A localidade faz parte do Setor Administrativo 6-Marrom e registra crescimento acentuado. Em dez anos, segundo o IBGE, o bairro teve crescimento de 437%. Segundo ainda o IBGE, dos mais de 30 mil moradores atuais, 10.161 são migrantes de todas as regiões do país e do mundo.

Na área ocupada, atualmente, encontram-se remanescentes da vegetação de restinga e lagoas costeiras, ameaçadas pelo assoreamento provocado pelas construções que avançam sobre suas margens. A área é cortada pelo canal Macaé-Campos, cuja faixa marginal de proteção encontra-se parcialmente ocupada por construções.

O bairro conta com sede da associação de moradores e unidades de saúde, com Programa de Agentes Comunitários de Saúde e Programa Saúde da Família e com uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), resultado de parceria entre os governos municipal e estadual, com área construída de 1.000 metros quadrados e capacidade de realizar de 200 a 300 atendimento/dia. Outra melhoria no bairro foi a construção da Unidade Básica de Saúde (UBS), na Rua W18, numa parceria entre a prefeitura, governo federal e o Ministério da Saúde.

O Lagomar tem escolas da rede municipal de ensino, como Escola Municipal Balneário Lagomar, de Ensino Fundamental e a Ana Cristina e a Maria Angélica Oliveira das Dores, de Educação Infantil.

Como surgiu o Lagomar

O processo de ocupação começou na década de 70 de forma irregular, em área privada do loteamento Balneário Lagomar aprovado em 1976. O empreendimento surgiu com 527 lotes de 5.000 m2 e de, aproximadamente, 329 ha de área total, originalmente destinado à instalação de sítios de recreio.

Com o crescimento da indústria petrolífera, no final da década de 70, a área do Balneário Lagomar sofreu o impacto da especulação imobiliária, com irregularidade na ocupação do loteamento, quando novos parcelamentos aconteceram nos lotes iniciais de 5.000 m2.

Loteamentos que deram origem ao Lagomar

O loteamento Santa Rosa, aprovado em 1978, com 50 lotes, com área média de 600,00 m². Em 1982, foi aprovado o loteamento Parque Lagomar, conhecido como Engenho da Praia, com 589 lotes, com área média de 200,00 m², e em 1983, o loteamento Praia Cigana, com 127 lotes com área média de 430,00 m². Esses novos loteamentos resultaram em ocupação desordenada na área do Balneário Lagomar, com invasões e loteamentos clandestinos, descaracterizando a proposta original.

Os novos loteamentos surgiram sem qualquer atendimento de infraestrutura necessária. A circulação viária também foi prejudicada, por “vias espontâneas” de acesso aos novos lotes sem configurar um novo sistema viário.

Devido à grande extensão territorial, o Lagomar caracterizou-se inicialmente como o assentamento precário mais povoado do município, contíguo ao Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. Esse Parque, criado em 1998, mantém a vegetação original, mas na área ocupada atualmente encontram-se remanescentes da vegetação de restinga e lagoas costeiras, ameaçadas pelo assoreamento provocado pelas construções que avançam sobre suas margens. Também corta a área o canal Macaé-Campos, com faixa marginal de proteção parcialmente ocupada por construções.

Hoje, caracterizado como um dos locais que mais cresce no município, o bairro tem área totalmente plana e vias de circulação espaçosas, permitindo a circulação de todos os tipos de transportes terrestres. A maior parte das construções tem um pavimento e o espaçamento entre elas, em sua maioria, é grande (mais de 1m). O bairro conta com muitas residências e um comércio em franca expansão.