Rede municipal promove Educação Patrimonial e de Arqueologia

27/03/2015 08:43:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Maurício Porão

No decorrer desta semana, a oficina envolveu cerca de 700 estudantes

“Educação Patrimonial: Arqueologia e Patrimônio Cultural”. Esta é a oficina iniciada nesta semana na rede municipal, que prossegue neste sábado (28) no Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, a partir das 9h, com a integração da comunidade. A programação tem como objetivo promover ações educativas, que visam destacar e valorizar o patrimônio arqueológico e cultural do município, abrangendo a extensão do Gasoduto Rota Cabiúnas. Na área foram encontrados dois sítios arqueológicos com artefatos indígenas provenientes da tradição tupi-guarani. O trabalho faz parte do Programa de Arqueologia Preventiva.

No decorrer desta semana, a oficina envolveu cerca de 700 estudantes, das unidades municipais Onilda Maria da Costa e Engenho da Praia, além do Paulo Freire (Lagomar). Com duração de 50 minutos, as atividades foram marcadas por rodas de conversa sobre patrimônio ecológico, além de palestras e oficinas. A programação foi marcada por mostra com imagens da restinga, cerâmicas e artefatos semelhantes aos que foram encontrados no Sítio Arqueológico-Cabiúnas.

Entre as atividades, o que mais despertou a atenção dos estudantes foi o sítio simulado, uma espécie de laboratório em que os alunos participantes tiveram a oportunidade de simular escavações e conhecer ferramentas em que são utilizadas em trabalhos arqueológicos. Eles também receberam uma ficha de avaliação de artefatos que destaca questões como identificação específica dos artefatos como material, cor e medidas.

Os alunos do Colégio Municipal Engenho da Praia, Tainá Rodrigues, Pedro Henrique Moreira e João Gabriel Moura fizeram questão de fazer parte da oficina de escavação arqueológica simulada. “Nunca participei de um projeto como este. Imaginei aquelas cenas de filme. Foi muito legal conhecer cerâmicas que fizeram parte do nosso passado”, contou Tainá. Já Pedro Henrique e João Gabriel, também moradores do Engenho da Praia, admitiram que vão ficar mais atentos ao bairro em que vivem. “Podemos achar algum artefato histórico no nosso quintal. Isso é maravilhoso”, contaram.

Com o tema “Conversando sobre arqueologia e patrimônio cultural”, o projeto segue a determinação da portaria 230-2002 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (IPHAN), que prevê prospecções, monitoramento arqueológico e ações de educação patrimonial.

De acordo com a subsecretária de Educação na Saúde, Cultura e Esporte, Cláudia Regina Ribeiro Campos, a programação é mais uma forma de contribuir com o enriquecimento cultural dos estudantes da rede municipal. “O estudo da arqueologia é importante, ele revela a cultura da região, que até então estava desconhecida”, disse.

Segundo os representantes de Educação Patrimonial, Mariana Gouveia e André Chagas, a programação na rede municipal está sendo um sucesso. “ Os alunos foram muito participativos”, disse Mariana. A próxima etapa do trabalho é promover o seminário sobre Educação Patrimonial, que será direcionado para professores da rede municipal. A programação contará com Mostra Educativa com resultados do resgate arqueológico do Sítio Cabiúnas II do Programa de Arqueologia Preventiva Gasoduto Cabiúnas.


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