Foto: João Barreto
Pousada da Cidadania oferece moradia provisória até que o cidadão possa ter condições de seguir sua vida
Um estudo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Macaé traçou o perfil da população em situação de rua. O trabalho apontou as principais causas para utilizar a rua como espaço de moradia. Entre elas, rompimento de vínculos familiares, problemas mentais, e uso de drogas.
De acordo com registros, nem todos que circulam pelas vias estão em situação de rua, essas pessoas têm casa, família e apenas ficam durante o dia nos espaços públicos para fins diversos.
A prefeitura conta com o serviço de abordagem social vinculada ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). A equipe de abordagem é composta por assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais, que realizam a busca ativa das pessoas em situação de rua.
- O serviço de abordagem social identificou que, atualmente, Macaé tem cerca de 35 pessoas em situação de rua. A proposta do nosso trabalho é contribuir na reconstrução de um projeto de vida desse cidadão -, afirma a coordenadora da Proteção Social Especial de média complexidade, Edileny Villaça.
As pessoas em situação de rua podem contar com o Centro POP, que funciona na Rua José Bruno de Azevedo, 99, ao lado do Terminal Central, é um espaço para que essa população possa fazer suas refeições, higiene pessoal e guardar seus pertences. "É um direito desses cidadãos, receber toda assistência necessária como, por exemplo atendimento psicossocial, encaminhamento para o mercado de trabalho, profissionalização, oficinas e rodas de conversas", disse.
Outro serviço é a Pousada da Cidadania, que abriga atualmente 50 pessoas. O local é uma alternativa quando a pessoa em situação de rua deseja sair desta condição. O espaço oferece moradia provisória até que o morador possa ter condições de seguir sua vida. A Pousada de Cidadania está localizada na Rua Orlando Tardele, 206, no bairro Bela Vista.
Defesa - Entre os dias 17 e 21 de agosto, a secretaria irá promover uma série de ações para lembrar o Dia Nacional de Luta em Defesa da População de Rua (19). Serão realizadas palestras, oficinas e exposição de trabalhos.
Edileny lembra que as pessoas em situação de rua, além de direitos, possuem deveres como qualquer outro cidadão. "O uso inadequado do espaço público implica na intervenção dos órgãos de segurança, que irão tomar as medidas necessárias", disse, acrescentando que a assistência social não pode obrigar as pessoas a saírem da rua. Os serviços estão disponíveis para quem precisar e desejar.