Adiantadas as obras do novo Aterro Sanitário

25/04/2008 17:34:21 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

A prefeitura de Macaé continua a construção do novo Aterro Sanitário do município, em uma grande área, de dez alqueires, às margens da BR-101, após o Trevo dos 40, em direção ao Rio. A licença ambiental para construção do aterro foi liberada no final de 2007, pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema). A licença permitiu a construção da Central de Tratamentos de Resíduos do município, que engloba a implantação de um aterro sanitário.

A prefeitura começou a trabalhar na área - através das secretarias especial de Infra-estrutura Urbana, e executivas de Obras e de Serviços Públicos e acompanhamento da Empresa Municipal de Habitação, Urbanismo, Saneamento e Águas (Emhusa) e da secretária executiva de Meio Ambiente - em janeiro deste ano. As obras estão dentro do cronograma, com pouco atraso por causa das fortes chuvas que caem no município desde o início deste ano. A preparação da área atende a todas as exigências ambientais para que o novo aterro possa receber os resíduos de espécies variadas da cidade. Quando a Central de Tratamentos de Resíduos estiver pronta, o município vai extinguir o atual aterro, situado em Cabiúnas, que se encontra saturado. Após as obras estarem concluídas, o governo municipal vai buscar junto à Feema a Licença de Operação (LO).

O novo aterro sanitário terá capacidade para receber os resíduos da cidade por mais de 40 anos. Outras atividades estão previstas no projeto da Central de Tratamentos de Resíduos: uma usina de reciclagem de resíduos sólidos urbanos; uma unidade de tratamento de resíduos de serviços de saúde, o chamado lixo hospitalar; além de uma estação de tratamento de efluentes líquidos para tratar o chorume produzido no aterro e o lodo do esgoto doméstico proveniente de caminhão limpa-fossa.

De acordo com o diretor de Saneamento da Emhusa, o engenheiro químico Carlos Renato Mariano, a Central de Tratamentos de Resíduos vai acabar com o problema do limite de capacidade do atual aterro. Ele explicou que a melhoria no serviço de limpeza urbana será um dos benefícios da Central de Tratamentos de Resíduos, já que a prefeitura tem como um dos objetivos na construção da obra a implantação do projeto de coleta seletiva, focando também a questão social com a formação de cooperativas de catadores. Também está prevista a construção de uma usina de reciclagem de entulho de obra e mini-auditório para programa de educação ambiental, prédios administrativos, balança, entre outros equipamentos.

Vistoriando as obras da Central de Tratamento de Resíduos, na manhã desta sexta-feira (25), o secretário de Serviços Públicos, Delorme Ramos, informou que estão trabalhando na área 40 homens diariamente. Com as fortes chuvas, para não atrasar a construção da Central, que deverá ser inaugurada no aniversário de Macaé, 29 de julho, os trabalhos acontecem também nos finais de semana. Além dos trabalhadores, a obra envolve dois tratores, uma Patrol, uma retroescavadeira, quatro escavadeiras e dezesseis caminhões basculantes.

Acompanham a construção o engenheiro responsável pelas obras, Abelardo Reis Filho, e o encarregado geral, Sebastião Luiz Carvalho, o Tatão. De acordo com o encarregado, com tempo bom cada um dos caminhões que retiram a terra da área faz 45 viagens por dia. Parte da terra retirada será usada, posteriormente, para cobrir o lixo. Ele explicou que depois que a área do aterro estiver preparada, ela será coberta por manta, que receberá sobre ela um metro de argila de boa qualidade. A partir daí, o aterro estará pronto para receber o lixo, que ao chegar, será compactado, colocado no aterro e depois coberto com a própria terra retirada da área.

O encarregado informou também que a balança ficará na entrada da Central, para pesar o lixo e marcar quantas toneladas de resíduos o município produz diariamente. Segundo estudos utilizados para preparação do projeto de construção da Central de Tratamento de Resíduos, Macaé produz diariamente cerca de duzentas toneladas de resíduos sólidos. Com a construção do novo aterro sanitário, esse montante será enviado para a Central de Tratamentos de Resíduos.

Os estudos sobre o novo aterro sanitário envolveram a viabilidade ambiental da área, com análise do tipo de vegetação da área disponível, distância da área de moradia da população, existência ou não de corpos hídricos e forma de acesso. “A obra está dentro dos moldes da legislação e a prefeitura tem o objetivo de contemplar a reciclagem do lixo e o desenvolvimento sustentável da cidade, com maior qualidade de vida da população”, concluiu o secretário Delorme Ramos.