Agentes de endemias fazem curso do Programa Nacional de Controle da Dengue

22/07/2008 17:52:57 - Jornalista: Cesar Dussac

Começaram nesta terça-feira (22) no auditório da prefeitura as aulas dos agentes de endemia do município, segundo o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Atribuições dos governos nas esferas federal, estadual e municipal, para a prevenção e combate à doença, histórico das epidemias, hábitos do vetor (mosquito), comportamento ideal do agente foram tópicos abordados na aula inaugural.

A diretora técnica do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Maria Cristina Carvalho, falou dos objetivos do curso.

- O curso é fruto da parceria do governo do estado com o governo municipal, além de fazer parte das ações do estado estabelecidas pelo PNCD, que é um programa do governo federal. É um trabalho verticalizado, que começa no Ministério da Saúde, passa pela secretaria de Estado de Saúde e chega ao município, cujos 136 agentes de endemias estão muito bem inteirados de suas atribuições e tanto o CCZ quanto a Coordenadoria de Saúde Coletiva executam com eficácia o seu papel na prevenção e controle da dengue, haja vista os resultados colhidos pelo município, conforme os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, disse Cristina.

A aula inaugural foi ministrada por Ademar Paixão, Jorge Maximiniano e Jorge Freitas, técnicos da Coordenação de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado e Saúde e Defesa Civil (SESDEC).

Jorge Maximiniano falou sobre Vigilância Ambiental e Saúde. “Promover a saúde no ambiente é nossa proposta mais abrangente. Nosso trabalho detecta uma variedade de problemas ambientais que prejudicam a saúde da população e identifica medidas de movimento e controle dos riscos, das doenças, em promoção da saúde. A vigilância ambiental prevê antes de os fatos acontecerem”, ressaltou.

- Uma das ações da secretaria de Saúde do estado é implementar medidas preventivas e de controle e combate à dengue. Através de levantamento de índices de infestação, mede-se a intensidade do problema. Onde ele não ocorre, faz-se vigilância permanente (prevenção). Onde ocorre, faz-se a intervenção e vigilância permanente. Esta é a nova proposta de se fazer saúde pública, observou Maximiniano.

Ademar Paixão falou do papel do agente de endemias. “Não basta fazer prevenção e colocar os biolarvicidas nos focos do mosquito. É necessário o envolvimento do agente com a comunidade em que atua, conhecer os problemas, pensar soluções para levar à sua chefia”, destacou Paixão, que abordou algumas atribuições do governo municipal.

- A notificação dos casos de dengue é fundamental para o êxito das demais etapas do trabalho de controle e combate à doença. Segue-se a investigação epidemiológica dos casos notificados, surtos e óbitos por dengue. Faz-se o levantamento do índice de infestação e executam-se ações de controle mecânico, químico e biológico do mosquito. Faz-se necessário o envio regular dos dados da dengue à instância estadual, dentro dos prazos estabelecidos pelo estado. O provimento de recursos humanos também é atribuição do município, com sua preparação e atualização profissional, ressaltou.

Ademar também falou das atribuições dos governos federal e estadual. “Das ações do governo federal, quero ressaltar a assistência técnica aos estados e excepcionalmente aos municípios como uma das mais importantes competências e atribuições do governo federal, para implantação e acompanhamento das ações previstas no Programa”, frisou.

Quanto ao estado, ele destacou que compete, entre outras ações, a gestão da vigilância epidemiológica, a provisão de inseticidas, biolarvicidas para combate ao vetor e meios de diagnósytico da dengue (Kit diagnóstico), apresentação bimestral (de dois em dois meses) dos resultados do programa ao Conselho Estadual de Saúde (CES).