Alto nível dos esquetes marca IV Festival Cabala

16/06/2008 15:02:38 - Jornalista: Andréa Lisboa

Público e classe artística macaense prestigiaram o IV Festival Cabala de Esquetes, que aconteceu neste sábado (14), de 15h às 20h, no Teatro Municipal de Macaé, em clima de festa e de circo, tema do evento. Os trabalhos apresentados foram de alto nível, provocando uma disputa acirrada pelos prêmios de melhores esquetes, ator, atriz e diretor.

O esquete “O que Posso lhe Contar?”, da 7 Phocus Cia de Teatro, do Rio de Janeiro, foi o vencedor, levando também a Melhor Direção, de Giselle Flôr. Um tragi-drama, que conquistou o júri e a platéia por sua densa carga emocional em contraste com a simplicidade cênica, destacando-se, ainda, a dinâmica do quadro e o belo texto de Geraldo Maciel.

O júri popular elegeu a divertida comédia “As Dez Mais do Córtex Cerebral”, do grupo Rua Vitório, de Macaé. Com texto de Cyrano Rosalém e direção de Daniel Muller, esse esquete destacou-se pela performance de André Sobral, que ficou com o prêmio de Melhor Ator, muito divertido com suas “involuntárias” coreografias.

Ítala Isis ganhou o prêmio de Melhor Atriz, interpretando no esquete “Oração’, da Cia ZenCena, do Rio de Janeiro, uma tragicômica personagem, quase caricatural. Muito expressiva e de silhueta singular, Ítala teve sua atuação também reconhecida pela platéia. Esse esquete levou, também, a terceira colocação.

O segundo lugar ficou para ‘Tem Certos Dias”, da Cia Art Luz de Dança e Teatro, de Macaé. Atuaram no esquete, com destaque para o texto de Marcelo Atahualpa e direção de Cláudia Bispo, Rafaela da Conceição, Natália Matias, Fabiano da Silva e Pedro Henrique Lopes.

Duelo de titãs

“Aconteceu o que prevíamos: um verdadeiro duelo de titãs”, comentou Irlana Patrocínio. O público também ressaltou a qualidade dos trabalhos: “Muito bons, com destaque para os atores”, disse a cabeleireira Lúcia Almeida, 35 anos, moradora da Aroeira, que pela primeira vez assistiu ao festival.

O sapateiro Paulo Américo da Cruz, 54 anos, morador do Centro, também pela primeira vez no festival, destacou a apresentação do grupo Portadores da Alegria. “Essa me emocionou. Achei ótimo o festival”, declarou. A auxiliar técnica, Roberta Neves, 36 anos, elogiou os textos, cenários e a produção. “Achei tudo muito bom, mas o próximo poderia ser dividido em dois dias”, opinou a moradora da Praia Campista que nunca havia assistido ao evento.

Os R$ 2,9 mil do prêmio foram divididos pelas sete categorias. O projeto realizado pelo Grupo Cabala de Teatro e apoiado pela Fundação Macaé de Cultura, por meio do edital de seleção pública, Ação Macaé Cultural, apresentou 12 esquetes pré-selecionadas entre 45 inscritos, sendo a maioria de Macaé.

Os esquetes apresentados foram: Amaldiçoada Medéia - Grupo Cria; As Dez Mais do Córtex Cerebral - Grupo Rua Vitório; As Filhas de Pirandello - Grupo As Filhas de Maria; Aurora - Grupo Chá de Teatro; Isso! - Grupo Bonecas de Carne; Óóoo...! - Grupo Portadores Da Alegria; O Dia Que Júpter Encontrou Saturno - Grupo 1 Dos 3; O Mendigo ou o Cachorro Morto - Grupo Doido de Teatro; O Que Posso lhe Contar? - Grupo 7 Phocus Cia. De Teatro; Oração - Grupo Cia Zencena; Sangue - Grupo Cia Ki-Faz Teatro; Tem Certos Dias - Grupo Cia Art Luz de Dança e Teatro.

O Grupo Cabala de Teatro é formado por Elielson Barros, Cláudio Soares, Irlana Patrocínio e Janaína Mendes. Além de contemplado pelo Ação Macaé Cultural, eles, que estão juntos há sete anos, foram um dos vencedores do Cultura Nota 10, prêmio estadual para ações culturais de destaque, com o projeto Domingueira Cultural.