Café Literário da Semaph em noite de autógrafos

03/07/2008 18:48:10 - Jornalista: Marilene Carvalho

Palco de encontro mensal de poetas e amantes da poesia, o Café Literário da secretaria de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph) viveu na noite de quarta-feira (2) uma data memorável e digna de registro. O evento, que tem a contagiante e acolhedora participação do Coro de Cigarras, marcou também a noite de autógrafos de Marcelo Schwob, que veio a Macaé para o lançamento de seu segundo livro: Só eu sei a verdadeira identidade do Verdugo – Lembranças de Macaé.

Carioca de Santa Tereza, o engenheiro mecânico Marcelo Schwob estreou no mundo da literatura aos 45 anos. Com raízes fincadas em Macaé pelo lado materno, o autor quis prestar uma homenagem à cidade onde está sua origem familiar, fazendo um registro das lembranças de sua juventude, quando vinha passar períodos de férias na casa dos parentes que permaneceram na cidade. Schwob é filho de Zilá Rousseau Valença Schwob, uma das primeiras professoras a se formar no Liceu de Campos e que durante muitos anos lecionou no Colégio Mathias Neto.

Seu pai, o francês Jacques Pierre Simon Schwob e sua mãe se conheceram e casaram em 1947, na Igreja Matriz, em Macaé, onde fixaram residência nos primeiros anos de casados. Depois foram morar no Rio de Janeiro e vinham com freqüência a Macaé. Viveram no Rio até o fim de suas vidas. “Minha ligação com Macaé é muito grande porque aqui estão as minhas origens. Por isso reverencio essa cidade, onde estão enterrados meus pais e parentes dos dois lados, no Cemitério de Santana”, completa. Ele ressalta a alegria de receber o convite para lançar o livro no Solar dos Mellos, feito pela integrante do Coro de Cigarras, Laurita Santos Moreira, 84 anos, que conheceu os seus pais.

Acompanhando o livro de sua autoria, Schwob anexou um CD contendo diversas de fotos que registram momentos de sua família na cidade, além de uma poesia declamada por sua avó materna, aos 90 anos de idade. E já que o assunto era lembranças de Macaé, o Coro de Cigarras fez a leitura de trovas que também reverenciam a cidade. O microfone passou de mão em mão dos membros do grupo que, há mais de dois anos, se reúne no Solar dos Mellos toda última quarta-feira do mês, às 20h, incentivando o convívio entre os amantes da poesia.

O secretário da Semaph, Ricardo Meirelles, falou sobre a importância do livro de Marcelo Schwob ter sido lançado no Café Literário. “É gratificante saber que uma pessoa que ama Macaé trouxe as lembranças e a visão de fora sobre as grandes mudanças ocorridas na cidade”, comentou. Meirelles também destacou a criação da Semaph pelo atual governo municipal: Além do Rio de Janeiro, Macaé é a única cidade do estado que tem uma secretaria de Acervo e Patrimônio Histórico, o que demonstra a valorização da memória e do passado para a formação da identidade cultural do município.