Circo na Praça das Artes: palhaça Margarita e a lenda do pau-brasil

06/11/2008 11:12:40 - Jornalista: Andréa Lisbôa

O Projeto Circuito Estadual das Artes, um convênio entre a Secretaria Estadual de Cultura e o Sesc, apresentará na Praça das Artes do Centro Macaé de Cultura, neste sábado (8), às 10h, com o apoio da Fundação Macaé de Cultura, os espetáculos “Margarita vai à luta!”, com Ana Luísa Cardoso, e “Uma lenda do pau-brasil”, com Edmilson Santini e Maria Souza.

Ana Luísa é pioneira como figura feminina de palhaço. “Quando pensamos em cômicos surgem nomes masculinos, o de palhaços”, observa. Ela foi integrante do primeiro grupo feminino de clown, “As Marias da Graça”, que permaneceram juntas por 10 anos (1991- 2001). “Obtive grandes realizações e o amadurecimento da palhaça Margarita”, comenta Ana Luísa sobre o grupo.

Em 2006, Ana Luísa conquistou o Prêmio Funarte de Estímulo ao Circo, seguida da parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro que possibilitou a realização desse projeto de dramaturgia. Em 2008, Margarita completa 20 anos. Com concepção e atuação de Ana Luísa Cardoso e texto de Mariana Mesquita, a performance encanta pessoas de todas as idades. Margarita tira de um tonel um espetáculo portátil e cheio de surpresas.
Ana Luísa buscou especialistas na arte de fazer rir para sua formação: Phillippe Gaulier, em Londres; Mário Gonzáles, em Paris; Massaroca, na Escola Nacional de Circo-RJ, além do italiano Nani Colombaioni (Anjos do Picadeiro) e de Biriba (Geraldo Passos), em Santa Catarina.

O espetáculo estreou em abril de 2006, em praças do centro, da zona norte e da zona sul do Rio de Janeiro. Passou por diversos festivais e mostras, também de São Paulo, do Ceará, da Bahia, de Goiás e do Mato Grosso do Sul. Ana Luísa participou ainda do Grupo Off-Sina com o show “Palhaço na Praça”.

O segundo espetáculo conta uma história que se passa na aldeia Xinguaçu, onde um tatu, alimento principal dos índios, acaba em poder do branco recém-chegado. Eles propõem devolvê-lo em troca de casamento com a mais bela índia da aldeia. Valendo-se da magia, o cacique Touro Amuado manda para os brancos uma índia esculpida em madeira. Tocada pelo branco, sai da escultura tinta do pau-brasil, o que provoca um final criativo.