Até o final de julho, a coordenadoria municipal de Defesa Civil colocará em prática a campanha “Soltar Balões É Crime, Não Estrague a Festa”. Cartazes, mostrando o perigo e a inconveniência de soltar balões, estão fixados em instituições de ensino e terminais de ônibus. As rádios têm divulgado a campanha, que se torna mais necessária na época atual, quando acontecem as tradicionais festas juninas e, conseqüentemente, incêndios por causa desta brincadeira.
A campanha teve início no dia 19 de junho. Os balões podem cair em florestas, provocando queimadas, causando prejuízo ao meio ambiente. As condições climáticas contribuem para isso, pois nas estações do outono e inverno há menos umidade no ar. O objetivo da campanha é evitar incêndios em áreas vulneráveis. Inclusive pode acontecer interrupção no fornecimento de energia, se vierem a cair sobre subestações ou linhas de transmissão, deixando milhares de pessoas sem luz.
Também podem prejudicar a segurança nos vôos, invadindo o espaço aéreo. Os balões flutuam com facilidade nas altitudes utilizadas pela aviação, atingindo cerca de cinco a sete mil metros de altura.
Um exemplo mostrado pela Defesa Civil refere-se ao fato de que são necessários 60 quilos de produtos inflamáveis para um balão de 15 metros de altura sair do chão. O pior é que os que têm a prática de soltar balões, nesse caso, levam para o céu o equivalente a cinco botijões de gás. Em alguns casos também sobem amarrados materiais como fogos de artifícios.
A Lei de Crimes Ambientais (9.605 de 12/02/98) diz claramente no artigo 42 que é crime fabricar, vender, transportar ou soltar balões, sendo uma agressão contra a flora. Quem for pego praticando alguma dessas atividades pode ser penalizado com detenção de um a três anos, estando sujeito à multa.