Foto: Arquivo Secom
O percurso da expedição deverá ser feito em 15 dias
O secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz, representou a prefeitura de Macaé, nesta segunda-feira (19), em Nova Friburgo, no início da “Expedição Científica Rio Macaé do Futuro”, do projeto Rio Macaé Sustentável – que vai percorrer e estudar a bacia hidrográfica do Rio Macaé mapeando, registrando a fauna e flora local, bem como os impactos ambientais do manancial, desde a nascente até sua foz.
O primeiro encontro dos envolvidos no projeto aconteceu no Salão Azul, da prefeitura daquela que foi a primeira cidade projetada do país. Fizeram parte da mesa de abertura, além do secretário Maxwell, o diretor do Departamento de Monitoria e Controle Ambiental de Friburgo, Walblir Rozales, e o engenheiro João Bandeira de Freitas, coordenador da área de projetos especiais da Associação Cândido Mendes de Ensino e Pesquisa, promotora do evento. Estiveram presentes também representantes do meio acadêmico, da Agenda 21 e das associações de arquitetos de Friburgo e dos moradores de Macaé de Cima.
Parceira do projeto, a prefeitura de Macaé assinou um termo de colaboração com a Associação Cândido Mendes de Ensino e Pesquisa e participa através das secretarias municipais de Meio Ambiente e Educação. O trabalho de base científica vai utilizar tecnologias modernas e conta com uma equipe técnica formada por geólogos, biólogos e engenheiros florestais. O secretário Maxwell Vaz disse por que a expedição é importante.
- O estudo da Bacia Hidrográfica do Rio Macaé é muito importante porque vai colaborar com a qualidade do rio e gerar políticas públicas de preservação ambiental. Nós vamos acompanhar essa coleta de dados e todo o trabalho realizado pela equipe – disse.
Segundo o engenheiro João Freitas, o percurso da expedição deverá ser feito em 15 dias, com a equipe descendo a pé o trecho superior de cerca de 40 km do rio, em meio à Mata Atlântica. “Hoje, no início da expedição, nos encontramos e fizemos a organização da logística. Agora, vamos conhecer a base de Lumiar (Distrito de Friburgo) e fazer o reconhecimento de campo e a partir desta terça-feira (20), daremos início à caminhada que começa na estrada de Macaé de Cima e vai até a nascente do rio”, disse animado com a expedição. Ele informou que o projeto é financiado pela Petrobras e consta de duas vertentes: primeiro como instrumento de gestão e segundo como educação ambiental junto à comunidade escolar.
O objetivo da expedição será produzir um mapa temático participativo em ambiente digital (georeferenciado), um documentário audiovisual e a edição de um livro, que vão servir de ferramentas estratégicas para apoiar o gestor público na tomada de decisões e de conteúdo didático para um abrangente programa de educação ambiental do projeto Macaé Rio Sustentável, que envolverá a preparação de 150 professores do ensino médio e secundário para as questões que envolvem a agenda ambiental local.
A Expedição Científica vai promover ainda, a formação de uma rede de viveiros comunitários voltada para a produção de mudas arbóreas de espécies nativas de Mata Atlântica com participação de pequenos produtores e comunidades no entorno do rio Macaé.
Para Luciana Aguiar, presidente da Associação de Moradores de Macaé de Cima, o projeto é notável porque vai revigorar a Bacia Hidrográfica e envolver as comunidades ribeirinhas. Ela informou que o Distrito de Macaé de Cima poderá servir como modelo de preservação ambiental, para essas comunidades, porque os mais de 100 moradores se uniram pela conservação e permitiram que a floresta da localidade (composta de mata secundária porque era local de pasto e roça) se regenerasse como Mata Atlântica.