Comitiva macaense visita Cuba e conhece os trabalhos desenvolvidos nas áreas de Esporte, Educação e Saúde

30/04/2009 18:30:35 - Jornalista: Assessoria

A comitiva municipal composta pelo prefeito Riverton Mussi, a vice-prefeita Marilena Garcia, os secretários de Governo, André Braga; Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Alex Moraes; o subsecretário de Saúde, Edilson Simões; a subsecretária de Políticas para a Mulher, Vânia Deveza, os vereadores Lúcio Mauro e Gilso Machado, além de Igor Sardinha, conselheiro gestor da ORJURE – Organização da Juventude Responsável, que participa da comitiva arcando as suas despesas, continua visitando os diversos programas sociais realizados pelo governo cubano.

A primeira visita em Cuba foi à Federação das Mulheres Cubanas. Lá a comitiva foi recebida pela Secretária Regional da Federação, Dora Calcaño. Vários foram os assuntos discutidos no sentido de se aproveitar a experiência de Cuba em ações afirmativas pela mulher em Macaé.

A vice-prefeita Marilena Garcia destacou os números fornecidos pela federação a respeito das mulheres cubanas. Taxa de desemprego - 1,9%; mulheres alfabetizadas - 99,6%; acesso a água potável - 98%; Cobertura Médico de Família - 99,1%; Mulheres com AIDS (15 a 49 anos) - 0,1%; Mulheres na política - 43% do Parlamento.

Na parte da tarde de segunda-feira, a comitiva esteve presente ao Instituto Pedagógico Latino-Americano e Caribenho, sendo recebidos pelo reitor César Torres Batista e sua equipe. Lá no instituto nasceu o método cubano de alfabetização “Yo si Puedo”, que o poder público municipal e a ORJURE tentam trazer para Macaé assim como vários outros programas.

Pela manhã de terça-feira, a comitiva visitou a Escola Latino Americana de Medicina. Referência mundial em programas de saúde, a faculdade é totalmente financiada pelo governo cubano e recebe jovens de todo o mundo. Existem cerca de 280 brasileiros estudando medicina em Cuba atualmente. Lá a comitiva se encontrou com os dirigentes da Associação de Estudantes Brasileiros de Medicina em Cuba. Um deles é carioca, morador da Rocinha.

O estudante de medicina cubano aprende o tempo todo sobre o caráter social da profissão. Em cerca de 2 anos do curso, os alunos já passam a ser direcionados a realização do trabalho social. A comitiva conheceu ainda a Brigada Estudantil de Promoção da Saúde. Aproveitaram o momento para conversar com os brasileiros que participam da brigada cubana para que eles mobilizem a Brigada brasileira e visitem Macaé no intuito de se realizar ações no período de férias.

Na terça à tarde a comitiva visitou o Policlínico Guiteras, a fim de conhecer mais profundamente o Sistema de Saúde Cubano. Em um formato completamente diferente do Brasil, a dedicação pela saúde básica e preventiva é o principal foco do sistema de saúde cubano. Vale ressaltar que foi em Cuba que nasceu o médico de família, que inspirou o governo brasileiro a criar o Programa de Saúde da Família. Em Cuba, cerca de 85% da população consegue ter o seu problema resolvido sem precisar chegar aos hospitais, ou seja, sendo atendidas na rede de atenção primária que abrange o médico de família, o consultório na comunidade e a policlínica que tem internação máxima de 6h. Não conseguindo resolver o problema, o paciente é encaminhado ao hospital.

Na mesma tarde a comitiva de Macaé visitou o Centro de Formação dos Trabalhadores Sociais. O programa surgiu no ano 2000, logo após o fim da década de 90, uma década de grave crise econômica e conseqüente crescimento de vários problemas sociais.

O programa tem um caráter totalmente revolucionário e é formado por jovens. O objetivo é estabelecer a consciência crítica na comunidade no intuito de fortalecê-las na luta contra as suas próprias dificuldades. Fazer com que a família tenha total consciência do seu papel coletivo. Estimula a total participação da população na execução das políticas, fazendo com que os mesmos passem a acreditar no potencial que eles têm de mudar a própria realidade.

O Centro de Formação dos Trabalhadores Sociais também atua com a responsabilidade de identificar problemas e aperfeiçoar os programas e ações sociais existentes. Pela manhã desta quarta-feira a comitiva visitou a Empresa Pública Cubadeportes a fim de conhecer o sistema esportivo cubano. O tempo todo o esporte é utilizado como ferramenta de inclusão.

Apesar da falta de tecnologia, conseguem com muito estudo e conhecimento obter índices de países do primeiro mundo no esporte de alto desempenho. Acompanhado do secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Alex Moraes, Igor Sardinha relatou as vivências atingidas com as escolas da rede municipal através do Programa Segundo Tempo, do governo federal. Dessa conversa saiu a possibilidade de se realizar um intercâmbio com o governo cubano, onde eles enviariam profissionais para traçar um diagnóstico do município, propor ações e passar aos profissionais da área a importância de se olhar o esporte como ferramenta de inclusão.

Ao fim da quarta foi visitada ainda uma área comunitária chamada Instalação Esportiva Parque Acapulco, onde acontece diversas práticas esportivas e lúdicas desde bebês a idosos.