Da horta para a mesa do consumidor

01/11/2008 12:16:44 - Jornalista: Lourdes Acosta

Fresquinhos e direto da horta para a mesa do consumidor. São os produtos hortigranjeiros oferecidos na Feira do Produtor Rural, que acontece todos os sábados pela manhã, na Rua Tenente Rui Lopes (ao lado da Casa e Vídeo). As vantagens da feirinha apoiada pela Prefeitura, através da Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca de Macaé (Agrape), são a qualidade e o preço final.

É que os produtos cultivados pelo pequeno produtor rural de Macaé são, em sua maioria, sem agrotóxicos e com valores abaixo do mercado, pois são comercializados diretamente com o consumidor, a 20% mais baratos, sem a figura do atravessador que normalmente encareceria os hortifrutigranjeiros.

São produtos como o inhame, o aipim, mandioca, beterraba, cenoura, jiló e outros legumes e ainda, hortaliças como o coentro, o cheiro verde, couve, alface, chicória, rúcula e alfavaca. A comercialização direta da horta para a mesa do consumidor oferece também ovos caipiras, queijos tipo minas, feijão verde, farinha de tapioca e até plantas medicinais, entre outros.

O sucesso de vendas é tanto que logo após a montagem das barracas às 6h, os fregueses que já freqüentam o local há vários anos, começam a aparecer para as compras. O horário da feira é de 6h às 12h, mas com o sucesso de vendas o estoque às vezes acaba às 10h.

- Além das barracas padronizadas (armação, lona e tabuleiro) e do transporte (ônibus), a Agrape oferece sementes e mudas, disponibilizando também a mecanização agrícola para os pequenos produtores da região serrana, afixados em áreas planas e em algumas encostas que permitem a mecanização, informou Mariana Machado, presidente da Agrape. Segundo ela, essa é uma política pública municipal que visa auxiliar os feirantes da agricultura familiar e, do ponto de vista econômico e social, ajuda a fortalecer e a fixar o homem do campo evitando o êxodo rural.

Comunidades rurais assistidas

Ao todo são 60 feirantes participantes da Associação dos Feirantes de Macaé (AFEM) que estão estabilizados em áreas onde praticam seu próprio cultivo. As comunidades assistidas pelo transporte da Agrape são oriundas de Crubixais, Glicério, Óleo, Córrego do Ouro e o assentamento Bendizia, na Bicuda Grande. Já as comunidades do assentamento Celso Daniel, da Virgem Santa e da Califórnia, possuem transporte próprio. O ônibus rural transporta produtos e produtores da região serrana até o local da feira.

Para o técnico agrícola e presidente da AFEM, Sebastião Gonçalves Neto, a feira do pequeno produtor é um complemento social. “Basta ver a mudança de cada um dos 60 feirantes. Hoje eles têm qualidade de vida, com o tempo eles passaram a viver melhor, dando mais conforto para sua família”, disse.

A feirante Rasana Dalte, 35 anos, trabalha na roça desde os sete anos de idade. Ela disse que a feirinha é seu único emprego e acha que a prefeitura deveria continuar dando esse incentivo ao feirante. “Eu vivo disso porque planto, colho e vendo meu produto, graças a esse incentivo”. Já a consumidora Manoela Machado, consultora de comportamentos, disse que adora a feirinha que ela chama de “feirinha orgânica” e fez uma sugestão: “Eu só acho que a prefeitura deveria ampliar a feira aqui mesmo no centro da cidade e divulgar mais para que as pessoas venham comprar”.

Veja abaixo os preços de alguns produtos praticados na Feira do Pequeno Produtor: Abóbora - R$ 0,85, o quilo; Alface – R$ 0,55, a unidade; Batata inglesa – R$ 0,59, o quilo; Cenoura – R$ 0,71, o quilo; cheiro Verde – R$ 0,50, o maço; Couve – R$ 0,51, o maço; Inhame – R$ 1,09, o quilo; Tomate – R$ 0,83, o quilo; Chuchu – R$ 0,59, o quilo e Repolho – R$ 0,55, o quilo.