Defesa Civil em alerta

24/11/2008 16:23:48 - Jornalista: Equipe Secom*

Boa parte do Brasil vem sofrendo com as fortes chuvas que castigam o país desde a última segunda-feira (17). As regiões Sul e Sudeste são as mais castigadas, sendo que o estado de Santa Catarina é o mais atingido e 20 mil pessoas tiveram que deixar suas casas até a manhã desta segunda-feira (24). No estado do Rio de Janeiro a chuva também castiga vários municípios e na região norte fluminense, as cidades de Rio das Ostras, Campos, Quissamã, Carapebus e Macaé registram altos indicies pluviométricos.

A secretaria de Defesa Civil de Macaé está em alerta, monitorando os principais pontos de alagamento, inundação e deslizamento, assim como as estradas que cortam o município. Próximo a Cabiúnas, parte de um trecho da rodovia Amaral Peixoto está em meia pista. A Macaé Trânsito e Transporte (Mactran) já sinalizou o local.

Equipes da Prefeitura e da Defesa Civil trabalham principalmente nos bairros Nova Holanda, Nova Esperança, Malvinas, Novo Cavaleiros e Imboassica. São realizadas ações de bombeamento de água, vistorias técnicas, evacuação de famílias, interdição de casas, isolamento de áreas de risco, limpeza e desobstrução de vias, canais, redes de drenagem, para retornar a normalidade social da cidade.

Até o momento, seis famílias em Córrego do Ouro estão desabrigadas e alojadas no Colégio Pedro Adami. No município, 20 famílias estão desalojadas e abrigadas em casas de parentes. O índice pluviométrico registrado em Macaé foi de 217.8 mm de segunda-feira (17) até domingo (23). Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) o esperado era que chovesse 169 mm, durante todo o mês de novembro. A previsão para os próximos dias é de chuva média.

O secretário de Defesa Civil, capitão Eric Schueler, alerta à população para estar atenta às áreas de risco e sempre que possível evitar transitar em áreas alagadas. Nas residências que sofreram alagamentos deve ser evitado o consumo dos alimentos que tiveram contato com a água, pois a mesma pode estar contaminada e provocar doenças. “A população deve ficar atenta a qualquer sinal de deslizamento ou desabamento, como ruídos estranhos, declínio de árvores, movimentação do solo ou rachaduras. Caso observem alguns desses sinais, os moradores devem deixar suas casas imediatamente, procurando um local seguro, e ligar para à Defesa Civil pelo telefone de emergência 199, com atendimento 24h por dia”, completa o secretário.

Lagoa – Com o nível baixo da Lagoa de Imboassica, depois da abertura da barra pelos moradoras na última semana, a água das chuva já escoou nos bairros adjacentes. De acordo com o secretário de Obras, Tadeu Campos, a cidade está sendo monitorada para atender a população em caso de emergência.

A secretaria de Obras informa ainda que as pessoas que se dirigem ao município de Carapebus devem seguir pelo bairro da Ajuda em direção ao Horto Municipal e passar pela rodovia RJ-182. Por causa das fortes chuvas, a ponte da RJ-178 que passa sobre o Córrego da Jacutinga, em Ubás, cedeu, prejudicando o acesso ao município.

Saúde - A secretaria Especial de Saúde (Semusa) orienta a população, visando à prevenção de doenças provenientes das chuvas. Assim como a água, a lama das enchentes também tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão das casas.

A recomendação dos profissionais de saúde é que seja retirada toda lama, sempre se protegendo com luvas e botas de borracha e lavar o local, desinfetando a seguir com uma solução de água sanitária na seguinte proporção: para um balde de 20 litros de água, adicionar quatro xícaras de café (copinhos de 50 ml) de água sanitária.

Outra preocupação é a ingestão da água contaminada, pois a pessoa está sujeita a distúrbios gastrointestinais, como diarréias infecciosas causadas por microorganismos do grupo coliforme fecal, presentes nas fezes humanas e de animais. Além disso, fica-se vulnerável a outros organismos patogênicos, como o vírus da hepatite A.

O contato direto com as águas, pode acometer de sérias doenças, os habitantes das áreas atingidas. Uma das principais enfermidades é a leptospirose, infecção bacteriana que pode levar à morte quando não diagnosticada rapidamente e, com grande freqüência, produz graves seqüelas ao organismo humano, principalmente aos rins.


*Catarina Brust e Genimarta Oliveira