Os resultados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) foram apresentados esta semana pela secretaria Especial de Saúde de Macaé. A pesquisa realizada pelos agentes de combate a endemias do Centro de Centro de Zoonoses (CCZ) revela que o Índice de Infestação Predial (IIP) médio da cidade foi de 1,4%, considerado de médio risco pelo Ministério da Saúde.
Com base nos resultados do LIRAa, a equipe técnica do CCZ irá priorizar as visitas dos agentes nos bairros com IIP mais elevados. O secretário de Saúde, Luiz da Penha, alertou que todo cuidado é necessário neste momento. "Os meses de chuva estão aí e a água parada e o lixo mal acondicionado se transformam em criadouros do mosquito", informou o secretário.
De acordo Luiz, este trabalho é importante porque permite avaliar a dispersão do vetor na cidade. "A pesquisa auxilia nas avaliações de controle do mosquito e possibilita identificar os principais locais com possíveis criadouros", destaca.
O supervisor geral do CCZ, Rogério Lemos, destaca que os depósitos predominantes onde foram encontradas larvas do mosquito foram os recipientes ao nível do solo. Para este trabalho, a cidade foi dividida em oito grupos de bairros, deste total dois grupos apresentaram índice acima de 1%.
Os bairros Fazenda Piracema, Parque Aeroporto I e II, Ajuda de Cima, Planalto da Ajuda, Nova Holanda, Jardim Esperança e Nova Esperança tiveram índice de infestação de 1,8%, sendo que os recipientes predominantes são os tonéis e barris para armazenamento de água.
Já nos bairros Centro, Imbetiba, Valentina Miranda, Cajueiros, Costa do Sol, Praia Campista e Cavaleiros, onde o índice chegou a 2,8%, a pesquisa constatou que os locais mais freqüentes onde foram encontradas as larvas eram os vasos de plantas, garrafas pet, copos descartáveis, bebedouro e vasilhas de animais.
Ações - Para combater o mosquito Aedes aegypti, o CCZ vem desenvolvendo várias ações em parceria com a Equipe de Educação em Saúde e o Programa Saúde da Família (PSF). A equipe de agentes de endemias realiza visitas domiciliares por ciclo (40 dias), fazendo a identificação e a eliminação dos criadouros e das larvas com a utilização de larvicida biológico.
O centro dispõe de um exército de 134 agentes de endemia, carro UBV (fumacê), máquina profog, equipamentos de aerosystem (pulverização domiciliar) e máquina pulverizadora de bueiros. Além disso, a população conta com o serviço do Disque Dengue (22) 2762-0175.
O município registrou 493 casos de janeiro a outubro de 2008. Um número menor de casos do que em 2007, que no mesmo período foi registrado um total de 1.477 casos confirmados. O município apresentou uma queda de 67% no número de casos de dengue em 2008.