Educação inicia I Encontro de Merendeiras da rede municipal de ensino

15/08/2005 17:43:03 - Jornalista: Cesar Dussac

A Secretaria de Educação iniciou nesta segunda-feira (15), no Centro Cultural, o I Encontro de Merendeiras da rede municipal de ensino. A sessão constou de temas relativos à merenda escolar, a começar pelo estoque dos alimentos. Segundo a coordenadora geral do Complexo Popular de Alimentos (COPA), professora Gelda Ribeiro, o principal objetivo do encontro é dotar o corpo de merendeiras de conhecimentos que garantam aos alunos uma alimentação eficaz, em favor da saúde de cada um.

Gelda ressaltou que, para isso, é preciso manipular os alimentos segundo as normas de higiene, desde os ambientes de preparo à higiene pessoal, abrangendo limpeza e desinfecção de panelas e vasilhas.

Giselle Pacheco, nutricionista do Complexo, chamou a atenção das merendeiras para a confecção dos mapas de alimentação. “O mapa é o instrumento utilizado para a organização, planejamento e distribuição da merenda. Por isso, é de grande importância o seu preenchimento sem erros. É através do preenchimento correto do mapa, que o COPA toma conhecimento do quanto a escola já consumiu, o quanto e o que tem em estoque e quanto precisa ser reposto”, acentuou.

Segundo Giselle, a higiene pessoal é um dos principais temas do Encontro, item que também é importante para donas de casa, que preparam as refeições da família. “A higiene é fundamental para a proteção dos alimentos e da própria saúde, além de causar boa impressão ao estabelecimento. As mãos das merendeiras, se não estiverem bem limpas, transformam-se em veículos transmissores de micróbios, bactérias, vírus, que vão contaminar os alimentos”, explicou. Giselle também observou que as mãos devem ser lavadas com sabão antes e após manipular os alimentos, após usar o banheiro, após assoar o nariz ou enxugar o suor, após varrer, lavar, limpar ambientes ou panos de chão.

A nutricionista também falou dos tipos de contaminação. “Fios de cabelo, pernas de barata, moscas, lascas de madeira são instrumentos de contaminação, que chamamos de contaminação visível. O outro tipo é a invisível, por substâncias químicas como desinfetantes ou microorganismos, bactérias, fungos, que estão na água, no ar, no solo, nos corpos de pessoas doentes ou mesmo sadias”, observou.

As tóxico-infecções alimentares também foram abordadas por Giselle. “Elas têm duas formas principais de apresentação. O tipo infecção é quando o próprio micróbio se multiplica no alimento e causa a doença, apresentando febre, calafrios, náuseas, vômitos, cólicas e diarréia. O tipo intoxicação acontece quando o micróbio produz toxinas (veneno), que são resistentes ao calor e ao frio. Mal-estar, prostração, tonturas, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia são os sintomas desse tipo”, comentou.

A coordenadora Gelda informou que o Encontro vai continuar, de segunda a sexta-feira, na parte da manhã, sempre com 20 merendeiras, uma de cada escola, até todas as profissionais da rede receberem esses ensinamentos. Completadas as 120 escolas, o COPA promoverá o II Encontro, abordando outros aspectos do tema alimentação.