Em 10 dias vacinação anti-rábica já foi aplicada em mais de quatro mil animais

26/09/2008 14:23:12 - Jornalista: Samanta Fernandes - Estagiária

Continuando a Campanha Municipal de Vacinação Anti–Rábica, iniciada no dia 15, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) disponibiliza dois postos volantes diariamente. A vacina já foi aplicada em 3.731 cães e 391 gatos, totalizando 4.122 animais em apenas 10 dias, cerca de 20% da meta estipulada, que é de 20.929 animais. Na segunda-feira (29), os bairros Nova Brasília, na Praça Beira Rio; e Malvinas, no ponto final dos ônibus, recebem os postos de vacinação volantes. Além disso, o CCZ disponibiliza diariamente um outro posto itinerante nos bairros da cidade.

- A campanha está indo muito bem. Aproveitamos que o CCZ participa de ações pelos bairros, para disponibilizar mais um posto volante para que a população tenha acesso à vacinação. Pedimos que os donos levem seus animais para serem vacinados, pois só através da imunização que impedimos a transmissão da raiva. Nossa campanha começa dois meses antes já que a nossa meta a ser atingida é grande, e não conseguiríamos em apenas um dia – disse Maria Cristina Pereira Carvalho, diretora técnica do CCZ.

Cristina lembra ainda que os animais, a partir dos 30 dias, podem ser vacinados. “Essa zoonose, a raiva, não tem cura, e queremos evitar essa transmissão através da vacina anti-rábica. Os animais que devemos ter mais cuidados são os animais domésticos, por isso a vacina pode ser aplicada em fêmeas prenhas”, completou.
A raiva atinge animais como cães, gatos, bois, ratos, entre outros, e é transmitida através da mordedura ou lambedura da mucosa ou pele lesionada por animais raivosos. Os sintomas da doença se confundem com síndromes nervosas aguda progressivas, incluindo alterações de comportamento, depressão, agressão, mordidas no ar, salivação, dificuldade para engolir. O período de incubação da doença varia de duas semanas a seis meses.
Quando surgirem sinais neurológicos, a doença é rápida, ocorrendo o falecimento em cerca de sete dias, na maioria dos animais. Mordidas na face, cabeça e pescoço resultam em períodos de incubação mais curto. A contaminação do ser humano ocorre pelo contato com a saliva do animal doente, não precisando ser mordido para contrair a raiva. Se a pessoa tiver uma ferida, queimadura ou arranhão pode ser contaminado pelo vírus, que vai direto para o sistema nervoso central.
O tempo de incubação varia. Se o ponto de contágio tiver sido a cabeça, o pescoço ou os membros superiores, o período de incubação será mais breve. A partir daí, o vírus migra para os tecidos, mas, sobretudo para as glândulas salivares, de onde é excretado juntamente com a saliva.