Na tarde desta terça-feira (9), seis pingüins foram libertados por técnicos da Secretaria Executiva de Meio Ambiente (Sema) de Macaé. De acordo com o coordenador de fiscalização da Secretaria, Fernando Barreto, os animais foram soltos em uma praia sem muito movimento, onde eles poderão se alimentar tranqüilamente.
O biólogo da secretaria, Alexandre Bezerra, contou que os pingüins já estão fortes e saudáveis, e aptos a voltarem ao seu habitat.
- Os pingüins que soltamos foram devidamente marcados para ser possível fazer um monitoramento. Durante esta semana, vamos visitar o local da soltura para verificar quaisquer mudanças com eles, disse Alexandre.
A soltura contou ainda com a presença do coordenador do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos), da Fiocruz, Salvatore Siciliano, e biólogos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para Salvatore, é muito importante fazer um monitoramento regular dessas aves para compreender melhor a dinâmica dessa espécie migratória.
- Neste ano, tivemos um número bastante expressivo de pingüins que chegaram ao litoral do Rio de Janeiro, mas nada anormal, já que em 1999 e 2000 tivemos números parecidos. A população tem que se acostumar com a presença desses animais durante o nosso inverno, pois é um fenômeno natural cíclico, esclareceu o coordenador.
O biólogo Luciano Lima, da UFRJ, explicou que não tem como saber se esses pingüins vão conseguir regressar à Patagônia, mas, de acordo com ele, provavelmente eles vão tentar.
- As colônias ficam na Patagônia e para eles se reproduzirem eles sabem que precisam chegar até lá, explicou.