Apresentado em três escolas dos bairros Botafogo, Lagomar e Malvinas nesta quarta-feira (12), o projeto Escola em Ação começa a funcionar com cursos e oficinas nos finais de semana e à noite a partir do próximo dia 29. O projeto é fruto de mais uma parceria entre as secretarias municipais de Educação e de Gestão Integrada, Programa Nacional de Segurança Pública Comunitária (Pronasci), Odebrecht, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Universidade Estácio de Sá.
O Escola em Ação já funciona há um ano e meio na Escola Municipal Engenho da Praia. Agora, o projeto vai ser levado ao Colégio Municipal Botafogo, a Escola Municipal Eraldo Mussi e a Escola Balneário Lagomar. De acordo com o vice-presidente da Odebrecht, Miguel Gradin, o projeto é feito com o apoio de funcionários da empresa e da comunidade, que trabalham como monitores e professores nos cursos e oficinas.
- Muitas pessoas que fizeram os cursos profissionalizantes na escola do Engenho da Praia conseguiram emprego nas empresas parceiras. O compromisso social da empresa é a criação de um programa para educação autosustentável, com a participação do poder público e da Unesco, detentora do projeto, que tem por objetivo reduzir a violência, através da integração da comunidade com ações esportivas, culturais, de lazer e educação, e com a profissionalização e qualificação de profissionais para inserção no mercado de trabalho, ressaltou.
O projeto abre as escolas nos finais de semana para oficinas e atividades recreativas e para cursos profissionalizantes à noite, tudo gratuito. Nas três novas escolas do projeto, serão oferecidos cursos de inglês, informática, caldeireiro, pintura industrial, elétrica e construção civil. Entre as oficinas, estão biscuit, pintura, fuxico, tricô, artesanato, esportes para garotada, como o futsal feminino e masculino, hóquei e aula de violão e flauta.
A secretária de Educação, Milmar Pinheiro, lembrou que o projeto é uma parceria que deu certo, tanto que foi estendido a outras escolas. “O êxito do programa se deve ao empenho de voluntários da empresa, da comunidade e dos funcionários das escolas”, comentou.
De acordo com a diretora do Colégio Municipal Botafogo, Lusiana Almeida Simões, o projeto representa uma oportunidade de uma vida melhor para os moradores do bairro Botafogo. “Os cursos e as oficinas podem complementar a renda de muitas famílias”, explicou.
- O bairro Botafogo é composto por chefes de família que vêm de outras cidades a procura de empregos na área do petróleo, mais por falta de qualificação exercem sub-empregos. Muitos não possuem alfabetização e precisam que seus filhos os ajudem financeiramente, o que muitas vezes impede que essas crianças permaneçam na escola. Esse projeto visa incluir essas pessoas no mercado de trabalho, e disponibiliza cursos e ensino médio para os adultos no período da noite, acrescentou a diretora.