Foto: Bruno Campos
Animais começam a chegar nesta quarta-feira
Cerca de 180 animais estão sendo esperados para a Exposição Especializada do Mangalarga Marchador (Esmmam), que acontece neste final de semana no Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha, em Macaé. Organizada pela Associação dos Criadores da raça em Macaé, a Esmman conta com apoio da prefeitura. Na programação, com entrada franca, show com o grupo de forró Chega Mais na noite de sexta-feira, a partir das 22h.
Presente no calendário de eventos da cidade há 14 anos, a Esmman começa nesta quinta-feira (30), já com as provas de marcha e morfologia, e vai até sábado. A chegada dos animais começa nesta quarta-feira: todos os criadores devem apresentar exame de saúde dos cavalos.
- Como sempre acontece, estamos esperando criadores dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Nossa expectativa é muito boa. A Esmman é uma tradição entre os criadores desta raça genuinamente brasileira, comentou o presidente da Associação, Leandro Matos Soares, lembrando que no ano passado, o cavalo vencedor da Esmman – Tentação do Pasto Alegre, de Campos – foi o campeão nacional da raça.
A raça Mangalarga Marchador, símbolo de resistência e comodidade, registra um constante crescimento no mercado brasileiro de criação de cavalos. Sua fácil atuação frente a obstáculos naturais e sua docilidade confirmam a aptidão deste animal para o trabalho, esporte, lazer e turismo, qualidades que têm atraído grande público consumidor no Brasil e no exterior.
De acordo com a Associação Brasileira do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), o plantel da raça reúne cerca de 260 mil animais. Os Estados com maior quantidade de animais da raça são Minas Gerais (88.437); Rio de Janeiro (49.029); São Paulo (32.684), Bahia (30.037) e Espírito Santo (11.797). No exterior, existem animais Mangalarga Marchador nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Áustria, Bélgica, Luanda/Angola, Peru e Uruguai.
A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e surgiu há cerca de 200 anos na Comarca do Rio das Mortes, no Sul de Minas, através do cruzamento de cavalos da raça Alter – trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal – com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira. A base de formação dos cavalos Alter é a raça espanhola Andaluza, cuja origem étnica vem de cavalos nativos da Península Ibérica, germânicos e berberes. Os cruzamentos dessas raças deram origem a animais de porte elegante, beleza plástica, andamento macio, temperamento dócil e próprios para a montaria.
O Mangalarga Marchador teve como berço a fazenda Campo Alegre, no Sul de Minas. Ela pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça. A fazenda era uma herança de seu pai João Francisco Junqueira. Outro fazendeiro importante na história do Mangalarga Marchador foi José Frausino Junqueira, sobrinho de Gabriel Junqueira. Exímio caçador de veados, José Frausino aprendeu a valorizar os cavalos marchadores por serem resistentes e ágeis para transportá-lo em suas longas jornadas.