Espetáculo “Liberta-me” no Teatro Municipal de Macaé

16/06/2008 14:17:11 - Jornalista: Samanta Fernandes - estagiária

A Companhia de Artes Intensa Luz realiza no próximo dia 23, às 20h30m, o espetáculo “Liberta-me”, no Teatro Municipal de Macaé. A entrada para a peça, que tem o apoio da prefeitura, será um quilo de alimento, revertido para doação a Fundação Esperança, localizada no Morro de Santana. Durante o evento haverá o pré-lançamento da Organização Não Governamental (ONG) Casa de Cultura Intensa Luz, da própria Companhia.

- O espetáculo conta a história da cidade de Macaé, dos seus escravos. Fala da disputa dos quilombolas por suas terras, e também da atualidade, sobre os casos de violências, prostituição, dos vícios. Retratamos na encenação as questões polêmicas de Macaé, do passado e do presente. O espetáculo nasceu em 2005, com objetivo de realizar algo dentro da dança e do teatro, na época foi mais com a dança, retratando a cidade de Macaé – explica a diretora da Companhia, Juliana Sales.

O espetáculo mudou nestes últimos três anos. “Estamos com nova formação, maquiagem e interpretação. Incluímos a arte cênica na apresentação. Estamos também com novo foco, mostrando a questão dos antepassados, da realidade e o futuro. Costumo falar que somos bailarinos ministros, por passarmos algo através da dança. Não é apenas a coreografia, mas o sentimento”, completou Juliana.

Atuando há oito anos em Macaé, o grupo vêm realizando durante todo esse tempo atividades culturais, espirituais e sociais. O objetivo é o desenvolvimento integral do indivíduo. Com a criação da Ong, o grupo continuará este trabalho, mas por meio da cultura e da arte atingindo crianças e adolescentes em situação de risco no município.

- Nosso grupo já desenvolve trabalhos com jovens nas ruas de Macaé e cidades que visitam, sempre com música e dança. Estamos em busca de patrocinadores e apoiadores que nos ajudem a levar às comunidades, às crianças nas escolas o trabalho que desenvolvemos, destaca Sales.

O trabalho com dança e música já foi feito na Praia dos Cavaleiros. “Queremos continuar em outros locais, para que possamos atingir crianças e adolescentes que nunca tiveram contato com alguma arte, transmitindo assim nossa arte. Precisamos de pessoas que venham acrescentar nosso trabalho, profissionais de dança e teatro que se tornem nossos parceiros”, afirma Juliana.