Expedição científica aporta na foz do Rio Macaé

A equipe de pesquisadores da Associação Cândido Mendes de Ensino e Pesquisa, chegou nesta quinta-feira (29), na foz do Rio Macaé, após percorrer os 136 km de sua extensão. O ponto final da Expedição Científica Macaé Rio do Futuro, que conta com a parceria da prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, foi a Escola de Pescadores.

Na chegada, os integrantes da equipe foram recepcionados pelos estudantes, professores, direção da escola e pelo secretário de Meio Ambiente Maxwell Vaz, que deu as boas vindas à equipe.

- Apoiamos esse trabalho de diagnóstico sobre o a Bacia Hidrográfica do Rio Macaé, patrocinado pela Petrobras e que agora aporta em nosso município. O estudo vai nos orientar na formulação das políticas ambientais – disse, recomendando aos estudantes o cuidado que devemos ter com o rio que nos dá a água para a vida e consumo, garantindo nossa saúde.

Os pesquisadores - biólogos, geógrafos e botânico- conheceram cada detalhe da Bacia Hidrográfica do Rio Macaé, desde a nascente até a foz, mapeando, registrando a fauna e flora local, bem como os impactos ambientais do manancial. O grupo repassou algumas informações para a comunidade escolar, explicando que o conhecimento científico será transformado em documentário audiovisual e num livro. A expedição deverá produzir também um mapa temático participativo em ambiente digital (georeferenciado). Todas as características encontradas na bacia hidrográfica do rio foi transmitido aos estudantes que escutaram atentos.

Segundo o gestor da expedição e coordenador da área de projetos especiais da Associação Cândido Mendes de Ensino e Pesquisa, João Bandeira de Freitas, o acervo vai servir de ferramenta estratégica tanto para apoiar o gestor público na tomada de decisões como também de conteúdo didático para um abrangente programa de educação ambiental do projeto Macaé Rio Sustentável.

Freitas também agradeceu o empenho da equipe, o apoio da Petrobras e da Prefeitura de Macaé, que através do secretário de Meio Ambiente esteve presente no início, no meio (em Casimiro de Abreu) e no final da expedição (no Pontal).

A expedição, que começou no dia 20 de outubro, realizou o levantamento da flora do entorno do manancial, suas características físicas e químicas, além de uma pesquisa socioeconômica junto aos moradores que vivem às suas margens. O trabalho analisou a conservação da mata ciliar e sua diversidade, a qualidade da água, bem como a largura e profundidade do rio.

Durante a expedição, os técnicos puderam observar todo o ecossistema do bioma Mata Atlântica. O botânico e especialista em dendrologia, André Luís, confirmou a diversidade da Mata. “Pudemos observar o ciclo das monoculturas das espécies exóticas cultivadas pelos usuários do rio e também as espécies nativas da região. No trajeto nos deparamos com vegetações de jussara, capixinguim, canjarana, bromélias, orquídeas, lianas e muitas outras espécies. Mas, a maior diversidade do clima e da vegetação nós encontramos no Vale do São Romão”, disse.