As idéias e os pensamentos criativos de estudantes macaenses – e também de outras cidades – serão testados na Feira Macaense de Ciência, Tecnologia e Inovação (Femacti). O evento, que tem apoio da prefeitura, acontece nesta quarta e quinta-feira (24 e 25), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o Macaé Centro. Serão cerca de 200 trabalhos expostos; haverá palestras sobre Darwin e Investimento; Planeta Móvel, quando pessoas poderão contemplar astros em local apropriado com iluminação e sonorização; torneio de Xadrez e concurso Soletrar.
Na edição do ano passado, 8,5 mil pessoas visitaram a feira para ver de perto a mostra do conhecimento e da cultura científica dos alunos, matriculados do sexto ao nono anos e no Ensino Médio. As instituições de ensino representadas pertencem às redes particular, municipal, estadual e federal. A feira está na quarta edição e é a maior feira de ciências do Estado do Rio de Janeiro.
Entre os trabalhos a serem apresentados, constam os do Colégio Municipal Ivete Santana de Aguiar, localizado no distrito do Frade. Os temas “Tratamento da Água”, “Pressão de Oxigênio”, “Ciclo da Água”, “Como é um Vulcão?”, “Como Funciona uma Célula?”, “Análises do DNA da Boca e da Cebola”, “Sistemas Elétricos” e “Formas de Calor” foram escolhidos por alunos daquela instituição de ensino.
Segundo a estudante Amanda de Abreu Braga, 8º ano nesse colégio, seu trabalho – “Como funciona uma célula?” - vai mostrar as subdivisões das células, evidenciando sua importância para o bom funcionamento do corpo humano. Já Ayllana Meneses de Souza, 9º ano, vai analisar o DNA bucal.
Ela disse que seu grupo fez a experiência com água muito salgada levada à boca por dois minutos. Depois de filtrado, o líquido é inserido em tubo de ensaio. Posteriormente, após mistura com álcool etílico, o elemento H2O (água) mostra em filamentos o DNA da boca. “Nosso objetivo é mostrar que por meio da água salinizada e álcool se obtém o Ácido Desoxirribonucléico ou DNA”, afirma.
O principal papel do DNA é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas. Os segmentos desse ácido, que são responsáveis por carregar a informação genética, são denominados genes. O restante da seqüência de DNA tem importância estrutural ou está envolvido na regulação do uso da informação genética.
Já a aluna do 9º ano Vânia Junger Freitas faz parte da equipe que tem como tema as variadas formas de transmissão de calor. “Mostramos a dilatação da bilha (uma bolinha de ar), quando a temperatura é elevada, tratando, entre outros assuntos, sobre a transmissão de calor”, conta ela. Seu grupo também realiza trabalhos utilizando uma barra de ferro, em que as pontas aquecidas durante a apresentação levam calor à outra extremidade da barra de ferro, onde pingos de cera são derretidos, como conseqüência.
Voltando à temática do DNA, mas agora da cebola, Karoline Stefane Loureiro Godinho, também do 9º ano, enfatiza que apesar da ausência do microscópio e também utilizando álcool, pode-se observar o Ácido Desoxirribonucléico do legume. “Pegamos o purê da cebola, devidamente misturado com H2O e detergente. Em seguida filtramos, agregando cinco gotinhas de álcool por cada centímetro. Após cinco segundos, as pessoas poderão ver filamentos brancos subindo à superfície com bolhas de sabão líquido. São os DNA”, argumenta.