Foto: Luiz Bispo
Procissão enfeitou o Rio Macaé
Cerca de dez mil pessoas marcaram presença na festa dos pescadores macaenses, em seus três dias de atividades, ocorrida no último final de semana, na Praça Washington Luiz. Tendo em vista o apoio da secretaria de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Macaé, por intermédio da subsecretaria de Pesca, as comemorações pelo Dia do Pescador e do padroeiro São Pedro promoveram o resgate da tradicional manifestação dos pescadores e de suas famílias.
- Nesta ocasião, conseguimos realizar uma festa melhor elaborada, mais grandiosa, do modo como acontecia há dez anos, em frente ao Mercado de Peixes. Dessa maneira, este evento, que é um dos principais motivos festivos da cidade, teve ingredientes que favoreceram uma entusiasmada manifestação da classe pesqueira, pois sua estrutura foi tratada com competência e carinho por parte dos seus organizadores – frisa o subsecretário de Pesca, José Carlos Bento da Silva.
Ele conta ainda que dez shows nos estilos forró, pagode e samba, entre outros, e 30 barraquinhas com produtos típicos, além de sorteios, leilões e a tradicional procissão de barcos, também compuseram atividades da festa, cujo objetivo foi divertir a família dos pescadores.
Segundo o presidente da Colônia de Pescadores Z3 e organizador do evento, Marcelo Pereira, a festa ocorre em Macaé desde o ano de 1970.
- Nossa procissão marítima, que teve percurso entre o cais e a ponta do Forte, reuniu 20 embarcações na tarde de domingo (28), devidamente enfeitadas – informa Marcelo. - Os barcos participantes receberam premiação como material de pesca, constituído por pano de rede e isopores, e também formada por instrumentos de lazer, como duas bicicletas.
Ele acrescenta ainda que houve também premiação para o barco mais bonito e enfeitado. O primeiro lugar ficou com a embarcação “Brilho de Sol”, cujos enfeitadores e pescadores ganharam R$ 1 mil. Já o barco “Twist” ficou com a segunda colocação, recebendo R$ 700, enquanto que o grupo do barco “Chega Aí” – terceiro – foi premiado com R$ 500 e o quarto tomou posse de R$ 300.
Para a comerciante Gelba Mata, de 39 anos, a festa que esteve estagnada e sem estímulo por uma década atingiu em cheio sua função de promover a confraternização das famílias dos pescadores e agradar o público. Segundo ela, cuja família é composta por pescadores, o sucesso do evento deu-se graças ao trabalho do presidente da Colônia Z3, Marcelo Pereira.
- Ele e sua diretoria demonstraram conhecer bem as demandas da classe pesqueira, tendo reunido diversas vezes com os pescadores para organizar as festividades – completa Gelba.
Em Macaé, há cerca de cinco mil pessoas envolvidas com esta esfera econômica, cuja matéria prima é o pescado, seja de forma direta ou de maneira indireta.