Festival de Música: festa para músicos e para a platéia

02/12/2008 10:28:48 - Jornalista: Andréa Lisbôa

Com uma torcida animada e canções de alto nível técnico, o 6º Festival de Música Brasileira de Macaé premiou músicos da região que se destacaram na final do evento, realizada no domingo (30), no Teatro Municipal de Macaé. O clima de confraternização tomou conta até do Café do Teatro, onde aconteceu uma batucada durante o intervalo para a apuração.

Das 34 canções apresentadas sexta-feira e sábado, 14 foram classificadas para a final. Considerado pelos jurados, concorrentes e pelo próprio organizador, Valter Vilar, o melhor festival de música realizado na cidade, o evento apresentou samba, rock, música romântica, entre outras propostas. O Festival é apoiado pela prefeitura, por meio da Fundação Macaé de Cultura.

O primeiro lugar, com 50 pontos, foi para a canção “Deuses da Garganta”, de Luis Carlos e Florismar Silva, de Campos dos Goytacazes. A música foi interpretada pela macaense, Thaís Macedo, de 19 anos, que ficou com o título de Melhor Intérprete. A segunda melhor música, com 49 pontos, foi “Nó do Tempo”, de Cris Dalana, de Campos, interpretada por ela. O terceiro lugar, com 48 pontos, foi para Rio das Ostras, com “Traços de meu Canto”, de Iran Bezerra, que a interpretou.

O segundo lugar de Melhor Intérprete foi para Chico Brant e o terceiro para Thayná Ribeiro. Algumas músicas de Macaé tiveram uma boa torcida, como “Seu Olhar”, de João Roberto Guimarães, e “Teu Sorriso”, de Fábio Henriques, conhecido como Guma. “Este, sem dúvida, foi o melhor festival de música da cidade. As músicas são de alta qualidade. Todos são vencedores e estão de parabéns”, disse Valter Vilar.

O engenheiro Luis Carlos, que compôs “Deuses da Garganta” conquistou pela segunda vez o primeiro lugar, das três que concorreu em Macaé. Há 12 anos ele participa de festivais colecionando prêmios na região. “O mundo está precisando de boas idéias e de boas mensagens de amor e de paz”, considera Luis Carlos, que destacou o nível desse festival em particular. “A mídia está muito comercial. Um espaço como este resgata a boa harmonia, a boa letra e a composição sem a preocupação de vender e que chama atenção pela lisura da mensagem que transmite”, completou.

Foi a primeira participação de Thaís no festival de Macaé. “É muito gratificante, porque além deste prêmio, recebemos outros que são as amizades que a gente faz e a troca de conhecimento e de musicalidade. Foi uma experiência maravilhosa”, disse. Ela cursa canto no Centro de Formação Artística de Rio das Ostras e há 10 anos estuda música. Thaís também interpretou outras canções.

“Foi um trabalho difícil o dos jurados, porque tivemos muitas músicas boas”, considerou o presidente da Associação de Músicos, Bandas e Agentes de Entretenimento de Macaé (Amubae), Jones Rodrigues. “Macaé está crescendo nos festivais. Ano passado a Tribo dos Ventos, através do Fábio Henriques, conquistou o prêmio de Melhor Intérprete. Neste ano, eles não conseguiram se classificar, apesar do nível das bandas ter melhorado. Ouve certo nervosismo em virtude da qualidade de todas as bandas”, considerou.

Jones informou que começou a trabalhar no projeto do Festival de Bandas, com o intuito de lançá-lo no próximo ano. Ele considera que festivais proporcionam momentos para troca de informações. Durante o evento, Jones propôs às bandas participantes uma permuta entre elas em um circuito cultural formado por municípios circunvizinhos a Macaé.