Força Tarefa contra a dengue em Macaé

31/03/2010 17:07:10 - Jornalista: Monica Torres

Foto: Ana Chaffin

Reunião Força Tarefa contra a dengue acontece a cada 15 dias

Em uma força tarefa, unindo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros, a cada 15 dias, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria Geral de Saúde Coletiva, está promovendo na próxima terça-feira (6) e quinta-feira (8) mutirão nos bairros Nova Esperança e Virgem Santa, respectivamente.

Porciúncula, Casimiro de Abreu e Macaé foram os três municípios que apresentaram caso de Dengue 2, um tipo mais grave. E a Fiocruz está no município promovendo estudos. A equipe informa que colheu 192 fêmeas do mosquito transmissor da dengue, ao todo, nos bairros do Centro (157), Lagomar (31) e Parque Aeroporto (7).

Todos os quatro sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4 podem produzir formas graves, incluindo fatais. Após a introdução da doença tipo Den-2 na região do Rio de Janeiro, em 1990, observou-se, de imediato, um aumento na severidade dos sintomas e maior número de hospitalizações por complicações hemorrágicas e quadros de choque.

“A dengue está dentro das nossas casas. Nos nossos quintais, em nossas caixas de água destampadas. Nos pratinhos que colocamos com água, para as plantas... Todo mundo já sabe das causas básicas para a proliferação do mosquito”, afirma a coordenadora Geral de Saúde Coletiva, Laila Nunes. E ainda completa: “A população é peça fundamental neste processo de combate ao mosquito e à doença”.

Esta participação popular já contribuiu para diminuir os casos de dengue que, de 617 notificações, no início de abril de 2007, despencou para 160. A administração das gotas homeopáticas, que é uma política de prevenção do município, também contribuiu para a diminuição dos números de casos. Outra peça chave têm sido os agentes comunitários de saúde, que sempre estão sendo atualizados pela médica e gerente do programa de homeopatia, Maria Luiza Zampieri, sobre a doença e também aplicam as gotas homeopáticas nas comunidades que atuam.

Outro ponto fundamental, como esclarece a enfermeira Alice, da Vigilância Epidemiológica, é a notificação dos casos pelos postos de saúde, hospitais e clínicas particulares. “A prevenção é importante, mas a notificação é fundamental, pois, com ela, podemos chegar aos casos, aos bairros e ruas com mais problemas”.