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Exposição ficará em cartaz até o dia 8 de julho
Não é só nos grandes palcos que a renomada Ana Botafogo faz sucesso. Desta vez, a primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, desde 1981, será a protagonista de uma exposição intitulada “Ana Botafogo, a Embaixatriz da Dança”. Nela, estão expostos registros desde a primeira nota publicada em um boletim do Lions Clube Ipanema, até as páginas inteiras de um impresso nacional e internacional. O acervo, que conta com mais de cem painéis, estará aberto ao público, a partir de sexta-feira (18), na Galeria Hindemburgo Olive, na Fundação Macaé de Cultura.
De acordo com a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Sheila Polly, a exposição, que ficará em cartaz até o dia 8 de julho, tem como objetivo mostrar para as crianças que o estudo e a determinação fazem toda a diferença na vida de uma pessoa. “Este acervo deixa claro que para chegar ao topo, um longo caminho tem que ser percorrido. Tomara que todas as pessoas que nos visitarem percebam a importância de se entregar ao seu sonho, pois ele é possível, basta persistir. É um prazer receber a Ana novamente em nosso teatro, ela só nos enriquece e impulsiona”, ressalta.
A exposição itinerante de Ana Botafogo é expressa de maneira didática, contada através de notícias, críticas, fotos, entrevistas, enfim mostra a trajetória de sua carreira nacional e no exterior, com foco maior no período de crescimento do balé no Rio de Janeiro e no Brasil.
Nascida e criada na cidade maravilhosa, esta carioca já percorreu palcos de vários países da Europa e das Américas do Norte, Central e do Sul. Sua carreira profissional teve início na França, integrando o Ballet de Marseille, de Roland Petit. Participou de festivais em Lausanne (Suíça), Veneza (Itália), Havana (Cuba) e na Gala Ibero-Americana de La Danza, representando o Brasil, em Madrid (Espanha), em comemoração aos 500 Anos do Descobrimento da América.
Existem, no Brasil, nove salas de aula com o seu nome, em colégios e academias de balé no Rio de Janeiro, em Curitiba e Cascavel (Paraná), em João Pessoa (Paraíba) e em Maricá (Estado do Rio de Janeiro). Em Brasília, o Corpo de Baile do Colégio Militar foi designado Grêmio Ana Botafogo.
Ana não se dedica apenas a sua carreira, mas tem como preocupação a divulgação e popularização da dança clássica no Rio de Janeiro e no Brasil. É madrinha do “Projeto Dançando Para Não Dançar” destinado à educação artística de crianças da população carente da cidade do Rio de Janeiro, como também participado de inúmeras campanhas e espetáculos beneficentes.
Através de um trabalho constante, de seriedade e perseverança, Ana obteve reconhecimento nacional e internacional, considerada, no momento, a mais importante bailarina brasileira, por sua técnica, versatilidade e arte.
Dentre as principais homenagens que recebeu, destacam-se:
No exterior:
- “Chevalier dans l´Ordre des Arts et des Lettres concedida pelo Ministro da Cultura da França“, destinada a homenagear pessoas por suas criações no domínio artístico e literário ou pela contribuição que deram às artes e às letras na França e no mundo”.
- Do prefeito de Santiago do Chile pela “generosa participação no espetáculo em benefício da reconstrução do Teatro e da cidade de Santiago destruída pelo terremoto de 1985.
No Brasil:
- Título de embaixadora da Cidade do Rio de Janeiro concedido pela Prefeitura da Cidade e RioTur.
- Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro concedido pela Assembléia Legislativa do Estado.
- Muro da Fama do Museu da Imagem e do Som. “Pela contribuição à cultura nacional”, suas mãos e seu nome foram gravados no cimento do Muro da Fama.
- Medalha do Mérito Artístico de Dança concedida pelo Conselho Brasileiro da Dança.
- O Conselho Nacional de Mulheres do Brasil a considerou uma das “Dez Mulheres do Ano 1990”.
- Foi nomeada embaixadora do Turismo do Rio de Janeiro, pelo Curso de Turismo da UniverCidade e pela Secretaria Especial de Turismo da Prefeitura do Rio de Janeiro.
- Do Ministério da Cultura recebeu o Troféu Mambembe 1998 na “categoria Personalidade da Dança, pelo conjunto da obra e pela divulgação que faz do balé em nosso país”.
- A Comissão Permanente das Mulheres Advogadas (OAB-RJ) incluiu Ana Botafogo entre as dez mulheres na “Homenagem à Mulher nos 500 Anos do Brasil”.
- A Câmara Municipal do Rio de Janeiro conferiu a Ana duas medalhas: Medalha de Mérito Pedro Ernesto e a Medalha de Reconhecimento Chiquinha Gonzaga.