Fundadora do grupo Mães da Cinelândia, Regina Bordallo, vai contar como o movimento começou e seus principais objetivos na quinta reunião ordinária sob o tema “As Mulheres e os Direitos Humanos”, que será realizada nesta quarta-feira (3), entre 15h e 18h30m, na Câmara Municipal de Macaé. A palestra é uma promoção das secretarias dos Direitos da Mulher e de Desenvolvimento Social e Humano, além do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Codim). O evento é aberto à participação da comunidade.
Psicóloga, Regina Bordallo, explica que organização Mães da Cinelândia foi fundada para levar apoio a mães que perderam seus filhos, vítimas de assassinatos, acidentes de trânsito, chacinas, erros médicos, além de desaparecimento. As mães da Cinelândia trabalham para a execução de quatro projetos. Entre estão o Auto-Estima, onde se busca reverter a situação inicial de dor para a mãe que sofre a ausência de seu filho; e o Voltar a Sorrir, que trabalha para promover o reencontro entre as mães e a sociedade.
A organização também oferece os projetos Oficina dos Sonhos, quando elas aprendem a fazer bijuterias, artesanatos e outros trabalhos manuais para posterior comercialização, fato que colabora para aumentar a renda familiar. Já o projeto Apadrinhamento Social visa que empresas privadas e outras fontes ajudem e apóiem financeiramente a organização.
- Já cadastramos 872 mulheres de diversos municípios do estado do Rio de Janeiro. Em cada reunião nossa marcam presença 20 mães. A nossa organização foi encaminhada à Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que valorizou-se o fato de sermos um grupo que cuida e trata da mãe que perde o filho para a violência. Em todo o mundo, existem poucas organizações com este objetivo, conta Regina.
A psicóloga perdeu seu filho há 13 anos. Ele tinha 25 anos de idade. Morreu de forma violenta, como tantas outras pessoas, cujas mães sofrem e, às vezes, precisam de medicamentos para passar o dia. As Mães da Cinelândia tiveram maior divulgação em termo nacional com a novela O Clone, da autora Glória Perez, em que havia diversas mães com fotos de seus filhos desaparecidos.
Maiores informações - para quem quiser participar ou conhecer melhor essa organização - podem ser obtidas pelos telefones 0XX (21) 9159 5305 (Regina) ou 0XX (21) 9150 0486 (Iracilda).