Galeria Hindemburgo Olive recebe músicos da Lyra nesta quinta-feira

26/08/2009 10:57:22 - Jornalista: Eloísa Seady

Foto: Bruno Campos

Músicos tocam a partir das 17h

Continua em cartaz na Galeria de Artes Hindemburgo Olive, no Centro Macaé de Cultura, a exposição lembrando os 50 anos de falecimento de Villa Lobos, a mostra “Villa Lobos, o compositor das Américas”. Composta de reproduções fotográficas e textos que relatam fatos da vida do músico, a exposição tem como objetivo retratar a vida e a obra do compositor. A exposição fica até o próximo dia quatro, com entrada franca.

Nesta quinta-feira (27), às 17h, os músicos da Sociedade Musical Lyra dos Conspiradores, estarão se apresentando na galeria com um vasto repertório de Villa Lobos. De acordo com o curador da mostra, Jorge Di Paula, a apresentação tem como objetivo trazer a comunidade para a galeria.

- Queremos que as pessoas passem a freqüentar o Centro Macaé de Cultura, afinal todo mês teremos uma nova exposição. Vamos sempre trazer uma atração a mais durante as exposições, como uma forma de incentivar a população macaense a visitar a galeria, frisa a presidente da Fundação Macaé de Cultura e secretária de Cultura, Sheila Polly.

Um pouco sobre Villa Lobos

Considerado o maior compositor das Américas, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) compôs cerca de mil obras e sua importância reside, entre outros aspectos, no fato de ter reformulado o conceito brasileiro de nacionalismo musical. Foi, também, através de Villa-Lobos, que a música brasileira se fez representar em outros países, culminando por se universalizar. Em 1922 a Semana da Arte Moderna de São Paulo consagra o nome do compositor.
Villa-Lobos sempre considerou que a música era tratada com descaso nas escolas brasileiras e apresentou um plano, considerado revolucionário há época, de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. E, em 1931, reunindo representações de todas as classes sociais paulistas, organiza uma concentração orfeônica chamada "Exortação Cívica", com a participação de cerca de 12 mil vozes.

Já em 1936, com o apoio do então presidente da República, Getúlio Vargas, organiza concentrações orfeônicas (canto coral popular), que chegam a reunir, sob sua regência, até 40 mil escolares e, em 1942, cria o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, cujos objetivos são: formar candidatos ao magistério orfeônico nas escolas primárias e secundárias; estudar e elaborar diretrizes para o ensino do canto orfeônico no Brasil; promover trabalhos de musicologia brasileira e realizar gravações de discos.