Foto: Bruno Campos
Grupo vai representar Macaé e o Estado do Rio
Por muito tempo, o grafite foi visto como assunto irrelevante ou mera “contravenção”. Após alguns movimentos culturais foi conquistando espaço. Atualmente, esta arte tem reconhecimento mundial e considerado forma de expressão das artes visuais. Em Macaé, não foi diferente e as conquistas aos poucos ganharam nome e força. Para celebrar o momento, os grafiteiros Muk e Ric, com o apoio da Fundação Macaé de Cultura (FMC), chegam a Fortaleza (CE), representando o município e o Estado do Rio, no 3º Encontro de Grafites Cearenses (24 e 25 de outubro).
Empolgação não é o termo correto para descrever o sentimento de Muk e Ric, que de malas prontas partem ansiosos para mostrar o nível que o grafite de Macaé alcançou. “O apoio da Fundação Macaé de Cultura foi fundamental para realizarmos este sonho que parecia longe de se tornar realidade. É uma oportunidade que jamais esqueceremos”, comenta Muk.
Com tema livre, eles contam que após uma pesquisa decidiram pintar artistas cearenses, nascido no bairro de Lecejana, aonde acontecerá o evento. “É sempre bom ser lembrado e reconhecido, por isso resolvemos homenagear os artistas locais”, acrecenta Ric.
Durante os dois dias, seis desenhos diferentes serão pintados pelos grafiteiros macaenses. O material é dado pela organização do evento, mas segundo Muk, a técnica desenvolvida por eles aqui em Macaé necessita de uma tinta de consistência maior, devido a técnica diferenciada desenvolvida após muito estudo. Dessa forma, todo o material dos macaenses foi levado para que os trabalhos pudessem obter a melhor qualidade possível.
Para a presidente da FMC, Sheila Polly, estar presente em eventos nacionais e internacionais é oreconhecimento da qualidade da classe artística de Macaé. “Gostaria que os jovens vissem na arte a possibilidade de crescimento profissional e pessoal. Estamos trabalhando para formar artistas de qualidade que possam estar capacitados para levar o nome do município para onde for. O Muk e o Ric são exemplos de determinação e força de vontade. Estamos orgulhosos em poder apoiá-los”.
Marlon Gitiranna (Muk) e Luiz Henrique de Azevedo Silva (Ric) declaram a importância de participar do evento. “Temos que desenvolver da melhor maneira possível o nosso papel e, com isso, mostrar o nível da cultura de Macaé, em especial do grafite. Será um intercâmbio de técnicas e de conhecimentos fantástico, estamos ansiosos”, declara a dupla.