Foto: Robson Maia
Comissão chegou a realizar simulado antes da epidemia
A Secretaria de Saúde de Macaé constou esta semana uma significativa diminuição dos atendimentos de casos suspeitos da Gripe A no Hospital Público Munidipal e nos postos de saúde. A informação foi repassada nesta sexta-feira (21) durante a reunião semanal da Comissão de monitoramento da gripe. O representante do Corpo de Bombeiros, Jorge Thadeu dos Santos, responsável pela distribuição do Tamiflu na região, relatou que também foi identificada uma queda na solicitação e fornecimento do medicamento.
A Comissão fez, ainda, um breve histórico das ações e medidas adotadas pelo grupo ao longo dos últimos meses, com o objetivo de conter e monitorar o avanço da doença no município. O secretário de Saúde lembrou que as reuniões tiveram início em abril, assim que surgiram os primeiros casos da doença no mundo.
- Podemos avaliar como positivas até o momento todas as medidas adotadas, inclusive colocamos em prática algumas ações primeiro que a Secretaria Estadual de Saúde, como por exemplo, o serviço do Disque- Gripe, funcionando 24 horas com profissionais treinados, disse.
Outro dado importante avaliado pela Comissão é a taxa de mortalidade no município em decorrência de complicações da nova gripe. Dos 114 casos notificados no setor de Vigilância Epidemiológica, apenas um teve complicações e chegou a óbito. As notificações foram feitas de acordo com as normas do Ministério da Saúde e abrangem os atendimento da rede pública e particular de saúde.
De acordo com a diretora técnica do HPM, Márcia Amaral, 70 pessoas foram internadas no hospital com suspeita da nova gripe desde o início da pandemia. Na unidade, foi criado o Centro de Triagem da Gripe A, onde as pessoas com sintomas de gripe são atendidas. Num primeiro momento, o hospital era a referência no atendimento até que os serviços foram descentralizados após treinamento das equipes da rede básica.
O secretário ressaltou que apesar dos números positivos, a vigilância permanece principalmente por parte dos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico preciso dos casos da doença, para início imediato das medidas profiláticas, evitando assim as complicações. A população também dever manter os hábitos de higiene, para evitar a transmissão da doença.
Uma das primeiras ações adotadas pela Comissão de Monitoramento da Gripe, composta por diversos órgãos como Petrobras, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 9º Grupamento Militar do Corpo de Bombeiros, Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Subsecretaria de Comunicação Social e os hospitais Unimed e São João Batista foi a criação do fluxograma de atendimento para orientação dos profissionais em áreas estratégicas que foi avaliado durante um simulado, assim como a disponibilização do serviço de transporte exclusivo para atendimento dos casos suspeitos de Gripe A.
A capacitação permanente dos profissionais de diversas especialidades e a informação junto a população através dos meios de comunicação e distribuição de folhetos explicativos estão sendo fundamentais neste momento em que o país vive uma epidemia. Além dos profissionais a secretaria de Saúde promoveu treinamento para gerentes de hotéis e restaurantes.
Após o anúncio do Ministério da Saúde de que a transmissão da doença no país já se dava de maneira sustentada, ou seja, que a gripe A ganhou força e estava ocorrendo transmissão de pessoa a pessoa, a secretaria de Saúde de Macaé por meio da Comissão estabeleceu novas medidas como a descentralização do atendimento, com a criação de horário especial para os casos suspeitos, separação de leitos para pacientes com gripe no HPM, adiamento da volta as aulas na rede municipal, mobilização da Saúde e Educação com palestras para os educadores, liberação ou remanejamento temporário das gestantes, entre outras.
Dados – Segundo dados do Ministério da Saúde, publicado no dia 18 de agosto, a situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil no período entre 25 de abril e 15 de agosto, foram registrados 20.820 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país – ou simplesmente casos graves. “Segundo a distribuição destes casos por semana epidemiológica, observa-se diminuição no número absoluto de casos graves pelo novo vírus na 32ª semana, que vai de 9 a 15 de agosto”, afirmou o Ministério.
Ainda segundo o Ministério, as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde informaram, neste período, 368 óbitos por influenza A(H1N1). Do total de pessoas que morreram, 185 (50,3%) tinham fator de risco, incluindo gestação.