A Guarda Municipal de Macaé não cuida apenas do patrimônio público. Bastante elogiado pela população, o projeto Patrulhamento Escolar é um serviço de vigilância móvel que atende a todas as escolas da rede municipal de ensino. O trabalho é feito por oito agentes municipais especialmente treinados e duas viaturas de radiopatrulhamento durante todo o dia para coibir a ação de marginais, além de orientar o trânsito em frente das escolas.
Outro trabalho importante feito pela equipe do Patrulhamento Escolar é o de informações sobre as drogas e suas principais conseqüências, seus efeitos a curto e longo prazos e como ela age no organismo do usuário. A equipe visita as unidades escolares, ministrando palestras sobre o perigo do uso de entorpecentes nas escolas, como identificar os produtos mais vendidos e advertindo as crianças a não conversarem e nem aceitarem nada de estranhos.
Segundo a inspetora do Patrulhamento Escolar, Patrícia Moura, a Guarda está pontuando as escolas que apresentam um maior índice de violência. Ela frisou que não adianta a guarda realizar, por exemplo, uma palestra simplesmente num determinado colégio, torna-se necessário entrar com uma programação mais sistemática de ações, explicando que o grande problema enfrentado por todas as escolas envolvidas é a violência. “Seja ela causada por drogas, por assédio ou agressões de vários tipos”.
A iniciativa faz parte de um projeto de cursos de capacitação, onde uma série de atividades e cursos estão sendo oferecidos aos agentes da corporação, visando tornar as ações dos guardas mais objetivas, melhorando assim, a segurança da população. Três deles, por exemplo, participaram, no mês de julho, em São Paulo, do Curso de Capacitação de Recursos Humanos para a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas do DENARC (Departamento de Investigação Sobre Narcóticos). Os três agentes formados nesse curso servem agora como instrutores e disseminadores junto ao restante da corporação.
De acordo com a inspetora Patrícia Moura, as escolas visitadas são as que ficam próximas as áreas consideradas de risco. “A finalidade é atingir o maior número de alunos possível, com o intuito de ensiná-los como evitar as drogas e, assim, podermos diminuir as estatísticas de crianças e jovens envolvidos com o tráfico de entorpecentes”, explicou.
Durante quatro anos de atuação, a equipe já encontrou crianças cometendo algum tipo de infração dentro da escola, como distúrbios, pichações e destruição de patrimônio. Estas crianças são acompanhadas pelo grupo e os casos mais complexos são encaminhados ao Conselho Tutelar. A equipe de Patrulhamento Escolar realizou 274 visitas às escolas do município durante o mês de agosto. Segundo a inspetora, 123 escolas são atendidas pelo programa, o que representa 100% das unidades municipais.